domingo, 21 de abril de 2013

Pesquisadores produzem carboidratos a partir de plantas não-comestíveis

Pesquisadores do Instituto Politécnico e Universidade Estadual da Virgínia (conhecido também como Virginia Tech), nos Estados Unidos, criaram uma técnica que transforma plantas não-comestíveis em um tipo de alimento rico em nutrientes. No estudo, publicado no periódico Proceedings of the National Academy of Sciences (PNAS), a equipe demonstra como conseguiu reconfigurar as propriedades químicas da celulose para que ela se transforme em amido (um carboidrato) — que pode corresponder a até 40% da ingestão calórica humana.
A celulose, presente na parede celular das plantas, é responsável por sua rigidez e sustentação. De característica fibrosa, ela não é digerida pelos seres humanos. Já o amido, presente nos vegetais, é a reserva energética desses seres, e corresponde de 20% a 40% da ingestão calórica diária dos seres humanos.
No estudo, partes de plantas menos utilizadas para consumo e pela indústria, como folhas e caules — que têm bastante celulose mas são pobres em amido — foram empregadas para a geração de um produto com utilidade alimentícia. O tipo de molécula que os pesquisadores produziram é a amilose, uma das partes que compõem o amido, e se transforma em glicose no organismo humano.
“Além de ser uma fonte de alimento, o amido pode ser utilizado para a produção de plásticos para embalagens biodegradáveis”, afirma Yi-Heng Percival Zhang, principal autor do estudo.
Cadeia de transformação — Para transformar a celulose em amido, os pesquisadores utilizaram uma cadeia de enzimas. “A celulose e o amido possuem a mesma fórmula química. A diferença são as ligações entre as moléculas. Nós utilizamos essa cadeia de enzimas para quebrar as ligações da celulose, permitindo a sua reconfiguração”, diz Zhang.
A técnica utiliza celulose de folhas e caules de milho e converte em média 30% da celulose em amido. O restante é transformado em glicose, que pode ser utilizada para a produção de etanol. Como não precisa de equipamentos especiais, calor ou reagentes químicos, e também não produz resíduos, o processo é considerado ecologicamente correto.
Veja.com 

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