Promessa de seu principal discurso à população, em fevereiro, o mapeamento da
atividade cerebral foi lançado oficialmente ontem pelo presidente dos Estados
Unidos, Barack Obama, com previsão de US$ 100 milhões em fundos federais apenas
para 2014. A proposta foi apresentada como o "próximo grande projeto da
América", na sequência de iniciativas como o programa Apolo, que levou o homem à
Lua na década de 60, e o mapeamento do genoma humano.
"Nós podemos identificar galáxias a anos-luz de distância, estudar partículas
menores do que um átomo. Mas nós ainda não podemos desvendar o mistério de 1,3
quilo de matéria localizada entre as nossas orelhas", afirmou Obama, em tom
jocoso.
O Brain Initiative envolverá três institutos de pesquisa de ponta dos EUA. A
coordenação estará a cargo de Cori Bargmann, neurocientista da Rockfeller
University, e do neurobiólogo William Newsome, da Stanford University. Ambos à
frente de uma equipe de 15 cientistas.
Atualmente, cientistas são capazes de mapear a atividade de algumas centenas
de neurônios em ação. O projeto lançado por Obama terá a ambição de mapear
bilhões deles, em trilhões de conexões. A pesquisa, espera Obama, ajudará no
tratamento e na prevenção de doenças críticas, como o Alzheimer e a Síndrome
Pós-Traumática Cerebral, e elucidará o desenvolvimento da epilepsia e do
autismo.
Estadão.com
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