SYDNEY — Numa descoberta classificada como “sem precedentes”, paleontologistas da Universidade de Queensland, na Austrália, descobriram rastros de 21 espécies diferentes de dinossauros numa área que se estende por 25 quilômetros ao longo da Península Dampier, no estado da Austrália Ocidental. Por causa do achado, o local foi apelidado de “Jurassic Park Australiano” (Parque Jurássico), em referência ao filme de mesmo nome.
Em nenhum outro lugar do mundo foi encontrada tal diversidade. São pegadas deixadas por espécies que representam quatro grupos principais de dionossauros, em rochas que datam entre 127 milhões e 140 milhões de anos, numa área remota da região de Kimberley. Para Steve Salisbury, líder do estudo publicado em revista da Society of Vertebrate Paleontology, a descoberta transforma a área no “equivalente cretáceo do Serengeti”.
— É extremamente significativo, formando o primeiro registro de dinossauros não aviários na porção ocidental do continente, que fornece um vislumbre único da fauna de dinossauros da Austrália durante a primeira metade do Período Cretáceo Inferior — disse Salisbury. — É um lugar mágico. O Jurassic Park da Austrália.
Em 2008, a região foi selecionada pelo governo local para a instalação de uma planta para processamento de gás natural, mas o projeto foi suspenso em 2011, após a área ser listada como patrimônio histórico, e abandonado de vez dois anos depois. Segundo Salisbury, existem milhares de rastros já identificados.
— Deles, 150 podem ser atribuídos com confiança a 21 tipos específicos, representando os quatro principais grupos de dinossauros — disse o paleontólogo. — São cinco tipos diferentes de rastros de dinossauros predadores, ao menos seis tipos de saurópodes herbívoros de pescoço longo, quatro tipos de marcas de herbívoros bípedes ornitópodes e seis tipos de dinossauros com carapaça.
O Globo.com
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