segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Eco-cidade de Portugal terá "cérebro"

Os Emirados Árabes e a China planejam erguer suas próprias Eco-cidades (cidades ecológicas), mas a de Portugal deve se tornar a primeira completamente construída até 2015 - a previsão é de que abra as portas já no próximo ano.
Na eco-cidade de Parede, no distrito do Porto, a água será tratada com energia renovável e os edifícios terão telhados cobertos com plantas para reduzir a temperatura local e também para absorver os poluentes e a água proveniente da chuva.
Estas são algumas características semelhantes a outras eco-cidades, mas o diferencial da PlanIT Valley, como é chamada a versão portuguesa, será seu cérebro. O complexo utilizará dados coletados por uma rede de sensores, semelhante a um sistema nervoso, para controlar a geração de energia e da água e o tratamento de resíduos como se fosse um "metabolismo urbano".
Sensores em cada um dos prédios serão capazes de medir a ocupação, a temperatura, a umidade e a energia consumida. E essas informações poderão ser usadas para controlar a cidade toda: se um sensor mostrar que o nível de água está baixo em um edifício, o sistema vai transferir a água de outro prédio que a tenha em excesso.
De acordo com os fabricantes, uma central urbana vai processar todos os dados coletados pelo sistema de sensores - cerca de 5 petabytes diários. E, para prevenir problemas com coletivos, cada prédio terá sua unidade computadorizada que funcionará individualmente.
Além disso, a PlanIT Valley terá câmeras de monitoramento que serão capazes de localizar crianças  perdidas em shoppings centers, por exemplo.
Segundo o projeto, a cidade também terá capacidade para reciclar ou transformar em energia 80% do lixo. Com enzimas para estimular micróbios a digerir o lixo, surgirão resíduos que poderão ser fermentados ou destilados em biocombustíveis - e usados em carros ou na geração de eletricidade.
Os restos que não podem ser digeridos serão aquecidos em um reator a 400ºC, sem a presença de oxigênio, um processo conhecido como "pirólise", para gerar energia ou mesmo fertilizantes.
Nem mesmo a separação de lixo que estamos acostumados a fazer com plásticos e vidros será necessária. Todo material passaria por uma central que eliminaria a contaminação orgânica, resultando em mais material reciclável no final do processo.
Pelo visto tudo foi muito bem pensado e planejado. Serão modelos para as cidades do futuro. Apostando na sustentabilidade!!!
Fonte:Folha online  

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