Um museu sobre índios, feito por eles mesmos. Essa é a ideia da instituição que será criada na cidade de Benjamim Constant, a 1.000 km de Manaus. Dedicado às tradições da etnia Ticuna, do Alto Solimões, no Amazonas, o museu vai expor coleções reunidas pelos próprios membros da comunidade e documentos sobre a história e os costumes da tribo, que conta em torno de 32 a 35 mil pessoas.
O projeto, porém, não envolve só os índios. A organização institucional ficará a cargo do Instituto Brasileiro de Museus (Ibram), vinculado ao Ministério da Cultura, e da Universidade Federal do Rio de Janeiro, que cuidará do treinamento de membros da etnia para organizar o museu e criar o site na internet.
A instituição será instalada na Tríplice fronteira do Brasil com a Colômbia e Peru.
A instituição será instalada na Tríplice fronteira do Brasil com a Colômbia e Peru.
Ao longo dos 400 anos de contato com a sociedade nacional, constituem hoje a maior nação indígena do Brasil. Eles falam uma língua considerada isolada, que não mantém semelhança com nenhuma outra língua indígena. Sua característica principal é o uso de diferentes alturas na voz, que a classifica como língua tonal. Os Ticuna mantém uma arte que os singulariza etnicamente.
A variedade e riqueza da produção artística dos Ticuna expressam uma inegável capacidade de resistência e afirmação de sua identidade. Seja nas máscaras cerimoniais, os bastões de dança esculpidos, a pintura em entrecascas de árvores, as estatuetas zoomorfas, a cestaria, a cerâmica, a tecelagem, os colares com figuras esculpidas em tucumã, além da música e das tantas histórias que compõem seu acervo literário, tornam a etnia Ticuna bem diferenciada.
Fonte: História Viva
Nenhum comentário:
Postar um comentário