sexta-feira, 11 de março de 2011

Terremoto do Japão pode ter deslocado o eixo da Terra

O devastador terremoto de 8,9 graus de magnitude na Escala Richter que abalou nesta sexta-feira (11), o Japão pode ter deslocado o eixo de rotação da Terra em 10 cm, segundo o estudo preliminar do Instituto Nacional de Geofísica e Vulcanologia (INGV) da Itália.
O INGV, que desde 1999 estuda os diversos fenômenos sísmicos registrados na Itália, como o devastador terremoto da região dos Abruzos em 2009, explica em nota que o impacto do terremoto do Japão sobre o eixo da Terra pode ser o segundo maior de que se tem notícia.
"O impacto deste fato sobre o eixo de rotação foi muito maior que o do grande terremoto de Sumatra de 2004 e provavelmente é o segundo maior, atrás apenas do terremoto do Chile de 1960", diz o comunicado.
Segundo a Nasa, o terremoto acelerou a rotação da Terra e encurtou a duração dos dias no planeta em 1,6 microssegundos. A alteração na rotação terrestre ocorreu também com os terremotos do Chile, no ano passado, e da Sumatra, em 2004. A constatação sobre o tremor chileno, de magnitude 9,0 - foi de um grupo de cientistas do Laboratório da Nasa na Califórnia. Segundo ele, os dias passaram a ter 1,6 microssegundos a menos.
Já o abalo da Sumatra, também de magnitude 9,0, causou uma aceleração de 6,8 microssegundos.
Assim, como esses três últimos terremotos, os dias na Terra estão 9,66 microssegundos mais curtos. As alterações, porém, provavelmente não são sentidas, uma vez que cada microssegundos equivale a um milionésimo de segundo. A mudança ocorre, ainda segundo a Nasa, porque um terremoto de grande magnitude é capaz de fazer com que parte da massa do planeta aproxime-se do eixo do globo.
O sismo desta sexta-feira foi o maior já registrado no Japão desde que os tremores começaram a ser registrados, há 140 anos e o sétimo pior da história. O abalo principal aconteceu às 2h46 de Brasília, com epicentro a 130 km de Sendal, na ilha de Honshu, e com profundidade de 24,4 km.
Fonte: Estadão.com

Nenhum comentário:

Postar um comentário