A ONU definiu 2011 como o Ano Internacional da Química. Haverá atividades em mais de 60 países para refletir sobre as descobertas da ciência.
Na programação, homenagens à cientista Marie Curie.
A polonesa Maria Salomea Sklodowska (1867-1934) é uma das grandes cientistas da história. Ela é a homenageada do ano! Há cem anos recebeu o prêmio Nobel de Química, mas oito anos antes havia ganho um prêmio Nobel de Física pela descoberta da radioatividade.
* Filha da Polônia - nascida em 1867 - e súdita do czar, sua vida parecia condenada à resignação, assim como a de todas as suas compatriotas. Quem, naquela época se preocupava então com a emancipação feminina e com a igualdade entre os sexos?
Para piorar, seu país estava sob o domínio de São Petersburgo, e a Polônia inteira tremia sob as botas do czar de todas as Rússias. Diante desse panorama, nada predispunha Maria a desafiar o status quo. No entanto, sob a couraça da força de vontade, ela acabou por mostrar ao mundo outra concepção de protesto, outro modo de reivindicar.
Ainda jovem, descobriu as armas ao alcance de seus compatriotas - as bibliotecas, não as barricadas - e a atitude com a qual deveria encarar a vida: um profundo respeito pelo próximo, o controle sobre os sentimentos e uma dignidade inquebrantável.
Com poucos recursos, em 1891 muda-se para Paris onde viveu numa pobresa espartana. Maria afrancesou seu nome. Tornou-se Marie. Vivendo em um isolamento deliberado, passou a se dedicar de corpo e alma aos cursos de física e matemática na Faculdade de Ciências de Paris, decidida a vencer. Em 1893, graduou-se em ciências e um ano depois, em matemática.
Em 1895, casou-se com o diretor da Escola Superior de Física e Química Industriais da cidade de Paris - Pierre Curie - que encontrou nela a única mulher interessada por suas elocubrações científicas.
Começou a trabalhar ao lado do marido na Escola de Física, realizando suas experiências em um galpão miserável. Ela passou da observação de raios de urânio e de tório ao isolamento do primeiro elemento identificado como radioativo, o polônio ( cujo nome é homenagem ao país natal de Marie). Na sequência, isolou o rádio (do latim radius, raio).
Em 1903, Pierre e Marie dividiram o prêmio Nobel de Física com Henri Becquerel pelas contribuições que os três deram ao estudo da radioatividade. A Sorbonne criou, então, uma cadeira de física geral para Pierre, e Marie tornou-se sua assistente.
Em 19 de abril de 1906 morreu Pierre. No dia 1º de maio a Sorbonne lhe confiou a cátedra que fora de seu marido. Em 1910, ela publicou em seu Tratado da radioatividade um quadro sinótico de todos os elementos radioativos identificados até então.
No ano seguinte, foi indicada para uma cadeira na Academia de Ciências da França, mas os membros da instituição agarrados ao um machismo primário, rejeitaram sua candidatura.
Em dezembro de 1911, viajou a Estocolmo para receber seu segundo Prêmio Nobel, dessa vez pelas suas contribuições no campo da Química. Tornava-se, assim, a primeira mulher da história a ganhar sozinha a condecoração.
De volta à França, ela fundou, em 1914, o instituto do Rádio. Em 1921, criou a Fundação Curie para financiar as atividades do instituto e pesquisar as aplicações de suas descobertas ao campo da medicina, esforço que deu origem à radioterapia. Em 1925, ela ainda inauguraria o instituto do Rádio em Varsóvia antes de morrer em 1934, na França.
A química é uma ciência curiosa, que busca entender nosso mundo. Ela cria materiais não encontrados na natureza, investiga os já existentes e descobre como eles formam novas misturas.
Os plásticos, por exemplo, não estão na natureza. Eles só existem porque químicos transformaram materiais naturais e criaram plásticos sintéticos, como o Pet das garrafas.
A química moderna surgiu há cerca de 250 anos!!!
Fonte: História Viva
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