No fim do anos passado, os russos divulgaram um plano para resolver o problema do lixo espacial, cada vez mais crescente e preocupante -. Agora, em um déjà-vu que lembra os tempos da corrida espacial, é a vez dos EUA anunciarem sua solução. Diferentemente dos russos que confiariam em uma espécie de cápsula limpadora que seria enviada para o espaço exterior, os americanos preferem brincar de tiro ao alvo, usando o bom e velho laser.
James Mason, cientista da Nasa, apresentou uma ideia que pode ser um pouco mais barata do que os US$ 2 bi necessários para colocar o plano dos russos em prática. A ideia é disparar lasers contra os objetos para que eles reduzam sua velocidade a ponto de reentrar na atmosfera, caindo em um lugar seguro.
Isso não é novidade. A Força Aérea dos EUA já haviam cogitado a solução mas ela não foi adiante pelo temor de que um laser potente o suficiente para abater um objeto no espaço poderia ser mal visto por outras nações.
Mas os cientistas afirmam que é possível usar um sistema de baixa potência para fazer o trabalho. Segundo o estudo um laser de 5KW seria suficiente, contanto que ele fosse disparado por uma hora ou duas durante alguns dias.
O problema com o lixo espacial começa quando o número de satélites - operantes e inoperantes - supera o número de objetos que caem na atmosfera. A superpopulação de objetos orbitando o planeta pode causar colisões, reduzindo os objetos a pedaços menores e criando um efeito cascata que poderia causar muito estrago na Terra.
Até janeiro de 2009 isso era apenas uma teoria catastrófica. Naquele ano, os satélites Cosmos 2251 e Iridium 33 se chocaram e cientistas passaram a tratar a ameaça como algo mais urgente.
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