quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

O inverno acabou dois meses mais cedo no Ártico

Parece que o inverno acabou dois meses mais cedo nos mares gelados do norte. Grandes pedaços de mar que deveriam estar totalmente congelados agora derreteram nos mares de Barents e Kara, entre a Rússia e a Finlândia. Isso no meio de fevereiro, quando o gelo sazonal nessas águas deveria estar no auge da solidez.
A sequência de imagens acima, da Universidade de Bremen, mostra isso. São fotos de satélite de 11 de fevereiro entre 2004 a 2012. O mar em estado líquido está em azul. Os trechos congelados, em roxo. Em verde, a terra firme. Este ano, a ilha comprida no canto direito, Novaya Zemlya, da Rússia, está totalmente livre de gelo. E o arquipélago Svalbard, no canto superior direito, também. Não há registros de um degelo tão prematuro desde que o monitoramento por satélite começou a ser feito, em 1979.
Esse fenômeno de aquecimento prematuro está limitado ao lado Atlântico do Ártico. Na parte do oceano Pacífico, o congelamento continua normal. Mas, com o inverno se aproximando do fim, os cientistas acreditam que há poucas chances de o padrão de congelamento no Atlântico voltar ao normal este ano. Isso significa que a temporada de derretimento do verão pode ser mais intensa este ano, batendo recordes históricos e se aproximando de um cenário com o Polo Norte totalmente livre de gelo.
O aquecimento do Ártico, provocado pelas mudanças climáticas, nunca esteve tão acelerado. No ano passado, a região bateu novo recorde de calor. O derretimento do Ártico não eleva diretamente o nível do mar, porque o gelo está flutuando. Mas acelera o derretimento da Groenlândia, esta sim terra firme, que repercute diretamente no nível dos oceanos. E as mudanças no Ártico também estão mudando o clima do Hemisfério Norte.
Época.com

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