sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

"Pulsação" do planeta pode causar extinção periódica

Os fósseis marinhos mostram que a biodiversidade dos oceanos do planeta cai a cada 60 milhões de anos. É um ciclo que vem acontecendo a pelo menos 500 milhões de anos e sua razão era um grande mistério – até agora. Uma teoria formulada pelo físico e astrônomo Adrian Melott, da Universidade do Kansas, diz que essas extinções são causadas por uma “pulsação” na Terra, que acontece com a mesma periodicidade. Os pulsos elevariam os continentes, deixariam os mares mais rasos e matariam inúmeras espécies.
Sua conclusão veio de um estudo sobre a quantidade de estrôncio-87 encontrada em fósseis marinho. A substância é um dos 4 isótopos estáveis do estrôncio, embora menos comum que os outros – ele representa apenas 7% do total encontrado no planeta. No entanto, Adrian Melott descobriu que a concentração do estrôncio-87 em relação ao estrôncio-86 em fósseis marinhos sobe a cada 60 milhões de anos, coincidindo com os períodos de extinção nos oceanos.
O modo mais comum de se produzir o estrôncio-87 é pelo decaimento radioativo de outra substância química: o rubídio, material comum em rochas da crosta continental. A conclusão do cientista foi que algo deveria acontecer com essas rochas a cada 60 milhões de anos, para liberar a substância nos mares.
Foi a partir daqui que o Melott desenvolveu sua tese: os continentes deveriam estar passando por uma espécie de elevação, uma vez que esse tipo de rocha fica mais ao fundo das camadas de terra. Na nova altura, elas poderiam sofrer erosão e se misturar com a água. O cientista encarou a elevação periódica dos continentes como evidência de uma “pulsação” do planeta, possivelmente causada por movimentações no núcleo da Terra. O estudo que apresenta a conclusão será publicado em Março na revista Journal of Geology.
Galileu.com

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