Uma equipe de cientistas está desenvolvendo uma pílula que pode absorver e reduzir a concentração de substâncias radioativas de líquidos como leite, água e sucos, informou a Sociedade Americana de Química.
A cápsula poderá ser utilizada em grande escala por empresas alimentícias e consumidores comuns para evitar as dúvidas sobre a contaminação radioativa de alimentos.
Os criadores citaram as preocupações atuais sobre o terrorismo com material radioativo ou após o acidente nuclear de Fukushima Daiichi, que contaminou alimentos em áreas próximas à usina afetada pelo terremoto e posterior tsunami do dia 11 de março de 2011 no Japão.
"Desenvolvemos (a pílula) para a descontaminação radioativa de água e bebidas de um composto que em sua origem se desenvolve para a exploração dos oceanos na busca por urânio e para retirar metais pesados e urânio de água contaminada", declarou Allen Apblett, professor da Universidade de Oklahoma.
A pílula está composta por nanopartículas de óxidos metálicos, que reagem com certos materiais radioativos e os absorvem, de modo que uma vez retirada a cápsula se reduz a concentração de substâncias perigosas.
A cápsula pode atrair os actinídeos da tabela periódica, que são radioativos, entre eles plutônio e urânio, além de outras partículas como chumbo, arsênico e estrôncio, relacionados normalmente com íons radioativos derivados da fissão nuclear.
Os pesquisadores asseguram que nos testes preliminares em laboratório a nova tecnologia permitiu reduzir a concentração de materiais radioativos a níveis não detectáveis, mas não detalharam se a pílula funciona com altas concentrações.
Os responsáveis pela invenção estão tentando avançar na comercialização da pílula, que por enquanto seria utilizada principalmente para eliminar chumbo, cádmio e estrôncio de suplementos dietéticos com cálcio.
Estadão.com
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