Cerca de 800 milhões de pessoas no mundo não têm alimento suficiente, enquanto cerca de 1,5 bilhão está acima do peso. Com um crescimento populacional de 2 bilhões até 2050 e a alteração de tradicionais áreas agrícolas pela mudança climática, cientistas e políticos se apressam para descobrir como resolver os dois problemas.
Este quadro instável de alimentos não é provocado apenas por regulamentações governamentais ou práticas agrícolas, mas deriva de forças poderosas que, acredita-se, continuarão a aumentar. “Várias ameaças convergentes como a mudança climática, o crescimento populacional e o uso insustentável de recursos constantemente intensificam a pressão sobre a população e os governos do mundo todo para transformar a forma de produzir, distribuir e consumir alimentos”, escrevem os autores de um novo relatório, publicado on-line em 28 de março pela Commission on Sustainable Agriculture and Climate Change e gerado com a colaboração de cientistas e especialistas de mais de 12 países.
“A insegurança alimentar e a mudança climática já inibem o bem-estar humano e o crescimento econômico no mundo todo, e esses problemas devem aumentar”, declarou John Beddington, que presidiu a comissão, em declaração oficial.
Uma das principais preocupações é o aumento da produção em áreas cada vez mais reduzidas de terras cultiváveis. Globalmente, fazendas continuam a aumentar a produção alimentícia em cerca de 2,2% por ano, índice que não acompanha o ritmo de crescimento da demanda mundial. Além disso, muitos especialistas argumentam que essa expansão precisa ocorrer de forma sustentável para alimentar a população sem dilapidar a economia e o meio ambiente.
É uma tarefa difícil, mas a ciência pode ajudar. “Se não avançarmos a ciência e a prática da intensificação sustentável, nossas florestas e economias agrícolas estarão em risco”, de acordo com o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação brasileiro, como exemplos de melhoria. “Nos últimos sete anos, o Brasil caminha a passos enquanto protege florestas tropicais”, avaliam. São usados satélites para localizar extração ilegal de madeira, o que virá a reduzir as emissões de CO2.
Este quadro instável de alimentos não é provocado apenas por regulamentações governamentais ou práticas agrícolas, mas deriva de forças poderosas que, acredita-se, continuarão a aumentar. “Várias ameaças convergentes como a mudança climática, o crescimento populacional e o uso insustentável de recursos constantemente intensificam a pressão sobre a população e os governos do mundo todo para transformar a forma de produzir, distribuir e consumir alimentos”, escrevem os autores de um novo relatório, publicado on-line em 28 de março pela Commission on Sustainable Agriculture and Climate Change e gerado com a colaboração de cientistas e especialistas de mais de 12 países.
“A insegurança alimentar e a mudança climática já inibem o bem-estar humano e o crescimento econômico no mundo todo, e esses problemas devem aumentar”, declarou John Beddington, que presidiu a comissão, em declaração oficial.
Uma das principais preocupações é o aumento da produção em áreas cada vez mais reduzidas de terras cultiváveis. Globalmente, fazendas continuam a aumentar a produção alimentícia em cerca de 2,2% por ano, índice que não acompanha o ritmo de crescimento da demanda mundial. Além disso, muitos especialistas argumentam que essa expansão precisa ocorrer de forma sustentável para alimentar a população sem dilapidar a economia e o meio ambiente.
É uma tarefa difícil, mas a ciência pode ajudar. “Se não avançarmos a ciência e a prática da intensificação sustentável, nossas florestas e economias agrícolas estarão em risco”, de acordo com o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação brasileiro, como exemplos de melhoria. “Nos últimos sete anos, o Brasil caminha a passos enquanto protege florestas tropicais”, avaliam. São usados satélites para localizar extração ilegal de madeira, o que virá a reduzir as emissões de CO2.
O progresso, no entanto, não virá sem compromissos. “Na Austrália, pesquisadores, agricultores e gestores de dados juntaram-se para constituir uma força integrada para lidar com as inevitáveis trocas”, comentou Megan Clark, diretora-presidente da Commonwealth Scientific and Industrial Research Organization. Eles usam dados climáticos e de condições meteorológicas em tempo real para auxiliar agricultores de todos os tipos a se preparar para mudanças futuras.
Ajudar pequenas fazendas a subsistir também é fundamental para assegurar alimentos bons e estabilidade da economia local em longo prazo. “Caso contrário, as comunidades continuarão vulneráveis a uma espiral descendente de perda de produtividade, pobreza e insegurança alimentar”, avaliou Tekalign Mamo, Ministro de Estado e conselheiro do ministro etíope da agricultura, em declaração oficial.
Essas mudanças não precisam ocorrer só nas fazendas. A alimentação deve ser mais sustentável tanto do ponto de vista ambiental, quanto da saúde. “Se não começarmos a usar as ferramentas a nosso dispor para incentivar alternativas de alimentação benéficas para as pessoas e o planeta, deveremos nos resignar a uma crescente carga de doenças relacionadas à dieta”, argumenta Marion Guillou, presidente do Instituto Nacional Francês para a Pesquisa Agrícola. A França, por exemplo, incluiu advertências em alimentos processados e aumentou a promoção do consumo de frutas e legumes.
A fim de manter o mundo alimentado apesar das mudanças climáticas e do crescimento populacional, grandes transformações serão necessárias, concluíram os especialistas. “É preciso ação política decisiva se quisermos preservar a capacidade do planeta para produzir comida suficiente no futuro”, assegurou Beddington.
Nesse meio tempo, as pessoas podem ajudar aqui e agora, consumindo alimentos mais saudáveis e reduzindo o desperdício. Quase 1,3 bilhão de toneladas – cerca de um terço de todos os alimentos – são desperdiçados todos os anos, reforçam os autores. “A demanda mundial por alimentos aumentará com o crescimento populacional, mas a quantidade de alimento a ser produzida por pessoa pode ser reduzida pela eliminação de desperdício em cadeias de abastecimento, garantindo um acesso mais justo aos alimentos e mudando para dietas ricas em legumes, mais eficientes (e saudáveis)”, concluíram eles.
Ajudar pequenas fazendas a subsistir também é fundamental para assegurar alimentos bons e estabilidade da economia local em longo prazo. “Caso contrário, as comunidades continuarão vulneráveis a uma espiral descendente de perda de produtividade, pobreza e insegurança alimentar”, avaliou Tekalign Mamo, Ministro de Estado e conselheiro do ministro etíope da agricultura, em declaração oficial.
Essas mudanças não precisam ocorrer só nas fazendas. A alimentação deve ser mais sustentável tanto do ponto de vista ambiental, quanto da saúde. “Se não começarmos a usar as ferramentas a nosso dispor para incentivar alternativas de alimentação benéficas para as pessoas e o planeta, deveremos nos resignar a uma crescente carga de doenças relacionadas à dieta”, argumenta Marion Guillou, presidente do Instituto Nacional Francês para a Pesquisa Agrícola. A França, por exemplo, incluiu advertências em alimentos processados e aumentou a promoção do consumo de frutas e legumes.
A fim de manter o mundo alimentado apesar das mudanças climáticas e do crescimento populacional, grandes transformações serão necessárias, concluíram os especialistas. “É preciso ação política decisiva se quisermos preservar a capacidade do planeta para produzir comida suficiente no futuro”, assegurou Beddington.
Nesse meio tempo, as pessoas podem ajudar aqui e agora, consumindo alimentos mais saudáveis e reduzindo o desperdício. Quase 1,3 bilhão de toneladas – cerca de um terço de todos os alimentos – são desperdiçados todos os anos, reforçam os autores. “A demanda mundial por alimentos aumentará com o crescimento populacional, mas a quantidade de alimento a ser produzida por pessoa pode ser reduzida pela eliminação de desperdício em cadeias de abastecimento, garantindo um acesso mais justo aos alimentos e mudando para dietas ricas em legumes, mais eficientes (e saudáveis)”, concluíram eles.
Scientific American
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