Inverno suave e troca de carvão por gás resultam em queda de 8% nas emissões de gás carbônico de consumo de energia dos Estados Unidos. Os dados dizem respeito ao primeiro trimestre de 2012, comparados ao mesmo período do ano passado, de acordo com a Administração de Informação de Energia (EIA). O relatório da entidade revela que as emissões de CO2 de consumo de energia chegaram a 1,34 bilhão de toneladas métricas.
A EIA disse que o desempenho representa a menor emissão de carbono para o período desde 1992, atribuindo o rápido declínio a um inverno suave, redução da demanda de gasolina e a diminuição do uso de energia de usinas a carvão, com o crescimento da capacidade de gás natural.
Os números serão alardeados pelos simpatizantes do setor de gás, segundo os quais o boom da atividade nos EUA resultou em benefícios ambientais, ao substituir a energia a carvão, mais intensiva em carbono.
A EIA afirmou que as emissões de carvão caíram em 18%, numa comparação de ano a ano, chegando a 387 milhões de toneladas métricas, o nível mais baixo desde 1983, e o menor para qualquer trimestre desde o segundo trimestre de 1986. A tendência deverá continuar. A agência disse no mês passado que até 27 Gigawatts de energia a carvão deverão ter sido substituídos até 2016.
No entanto, cientistas do clima e grupos ambientais permanecem profundamente preocupados, uma vez que a mudança para o gás poderá causar reduções em emissões totais, mas não conseguirá trazer cortes necessários para impedir riscos da mudança do clima. Eles dizem que novos investimentos na infraestrutura de gás irão deixar os EUA comprometidos com altos níveis de emissões por décadas.
Os últimos dados aparecem dias depois de a Agência Internacional de Energia divulgar novos números mostrando que a produção global de carvão cresceu 6,6% no ano passado, emquanto a de gás por 2%, e a de petróleo, 1%.
“Enquanto a produção de carvão cresceu apenas 0,8% em países da OCDE, a produção fora dela subiu 9%, com a China passando o Japão como maior importadora do mundo, e a Indonésia se tornando a maior exportadora, passando a Austrália,” afirmou a agência.
O relatório também revelou que a parcela de energia renovável no total de energia subiu 8,2% em países da OCDE no ano passado, um aumento sobre os 7,8% registrados em 2010, informa o Business Green.
National Geographic
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