sábado, 8 de março de 2014

Cientistas propõem usar raio laser para destruir lixo espacial

Ilustração representa detritos que estão em órbita pela Terra

Cientistas australianos anunciaram nesta sexta-feira uma proposta para remover por meio do uso de raio laser o lixo espacial que está em órbita ao redor da Terra – como restos de foguetes e satélites inativos. "Queremos limpar o espaço para evitar o risco crescente de colisões e prevenir incidentes como os exibidos no filme Gravidade", diz Matthew Colless, diretor do centro de pesquisa astronômica e astrofísica da Universidade Nacional da Austrália.
A universidade australiana e o seu Observatório Mount Stromlo vão liderar os trabalhos para a remoção do lixo espacial a partir do Centro de Pesquisa Cooperativa (CRC, sigla em inglês), órgão cuja criação foi anunciada nesta sexta-feira. Especialistas de outras universidades e agências espaciais, entre elas a Nasa, também farão parte do centro. O investimento no projeto será de aproximadamente 90 milhões de dólares.
Lixo eliminado – Segundo os responsáveis pelo projeto, o CRC começará a atuar ainda este ano para isolar as partes menores de lixo espacial e prever sua trajetória. O objetivo é desviar esses materiais de sua trajetória, atingindo-os com raios laser a partir da Terra. Isso faria com que os pedaços diminuíssem sua velocidade e caíssem na atmosfera, onde pegariam fogo até serem destruídos.
Durante a 6ª Conferência Europeia sobre Lixo Espacial, em abril do ano passado, a Agência Espacial Europeia (ESA, sigla em inglês) já havia alertado sobre a necessidade de se retirar o lixo espacial que está em órbita da Terra para evitar acidentes que poderiam custar milhões de euros a operadores de satélite. Eles são capazes de derrubar redes de GPS e telefonia móvel.
De acordo com cientista Ben Greene, chefe do novo centro, estima-se que haja mais de 300.000 peças de lixo espacial em órbita.
Veja.com

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