sexta-feira, 14 de março de 2014

Menor diversidade alimentar ameaça campos e humanos


Uma parcela maior da população mundial está consumindo basicamente uma dieta uniforme. Isso não é uma boa notícia para a saúde humana nem para a saúde das culturas, de acordo com um estudo divulgado na publicação científica Proceedings of the National Academy of Sciences [Colin K. Khoury et al, Increasing homogeneity in global food supplies and the implications for food security, em inglês].
Cientistas analisaram tendências dietéticas ao longo dos últimos 50 anos e constataram que, de modo geral, as pessoas não só estão comendo mais, mas também estão absorvendo cada vez mais calorias de carnes, óleo e grãos.
A diversidade alimentar, no entanto, tem encolhido. Trigo, arroz e milho tornaram-se cada vez mais importantes; a soja, as sementes de girassol e os óleos de palma também ganharam destaque. Mas culturas como as de sorgo, centeio e mandioca perderam importância relativa.
Os autores do estudo afirmam que a tendência para a dieta ocidental contribui para a obesidade e doenças cardíacas, além de reduzir a diversidade de micróbios orais e intestinais, o que é nocivo à saúde.
Igualmente importante, talvez, é que a dependência de um reduzido grupo de alimentos coloca as próprias culturas em risco de doenças ou efeitos das mudanças climáticas.
Segundo o coautor do estudo Andy Jarvis, um sistema global de alimentos mais diversificados é crucial. “Este não só é o melhor caminho para combater a fome, a desnutrição e a nutrição excessiva, mas também para proteger as fontes de suprimentos globais de alimentos contra os impactos das mudanças climáticas no mundo”.
Scientific American

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