quinta-feira, 20 de março de 2014

O que a maior academia de ciência dos EUA diz sobre o clima

Ativista americano protesta contra senadores que dizem não acreditar no aquecimento global. "Senador, você não pode negar a ciência", diz o cartaz (Foto: Joe Raedle/Getty Images)

Em geral, cientistas não gostam de participar de acalorados debates políticos. Eles preferem a análise de dados e evidências e teste de teorias e hipóteses. No caso da ciência do clima, isso se tornou um problema: um terço dos americanos pensam que não há consenso sobre o aquecimento global, quando na verdade a maioria esmagadora dos cientistas (97%) concorda que as mudanças climáticas existem e são causadas pelo homem.
É por isso que, nesta semana, a sociedade de ciência mais importante dos Estados Unidos, a AAAS, está publicando uma iniciativa chamada What we know ("O que nós sabemos"). "Nós somos a maior sociedade científica do mundo, e acreditamos que temos a obrigação de informar público e os tomadores de decisão sobre o que a ciência diz a respeito das principais questões da vida moderna, e o clima é uma das mais importantes", diz o pesquisador Alan Leshner, CEO da AAAS, em nota oficial.
O trabalho foi organizado por cientistas das principais universidades e centros de pesquisa do mundo, e conta a participação de vencedores do prêmio Nobel, como o bioquímico mexicano Mario Molina. O objetivo é apresentar três pontos-chave sobre as mudanças climáticas:
1. Os cientistas concordam: as mudanças climáticas estão acontecendo aqui e agora
2. Nós corremos o risco de causar mudanças bruscas e imprevisíveis, com possíveis impactos irreversíveis e altamente prejudiciais
3. Quanto mais cedo agirmos, menor será o custo e o risco
Para os cientistas da AAAS, há muito o que fazer para evitar mudanças climáticas extremas, a começar pelo controle de emissões de gases de efeito estufa. O relatório da iniciativa lembra que esse não foi o único desafio ambiental enfrentado pela humanidade. "A população soube enfrentar com sucesso outros desafios, como a chuva ácida e o buraco na camada de ozônio, o que resultou em benefícios maiores do que os custos". Para os pesquisadores, esses casos mostram que é possível enfrentar problemas ambientais e ao mesmo tempo garantir prosperidade econômica para a população.
Veja.com

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