Certo, não é o infame vórtice polar, mas habitantes da costa da Nova Inglaterra estão prestes a ser atingidos por uma “bomba Nor’easter”. E ela foi armada há sete dias por um “Bloqueio de Rex”[ Esse bloqueio foi batizado de Rex block em homenagem ao cientista que o descobriu, no caso, Daniel Rex]. Não estou inventando.
No último fim de semana, meteorologistas estavam maravilhados, de olhos arregalados, com uma possível tempestade inédita provocada pela colisão de dois sistemas climáticos que poderia castigar todo o nordeste dos Estados Unidos com temperaturas extremamente baixas e metros de neve. A colisão começou a ocorrer no Oceano Atlântico em 25 de março, poupando grande parte do país, mas mesmo assim atingirá Cape Cod, Boston, o leste do Maine, e também o leste do Canadá.
Então, será que os meteorologistas estavam usando palavras inventadas? Esse é um problema recente, com serviços meteorológicos dando nomes a qualquer nevasca e dia ventoso. Mas não, ‘Rex’ e ‘bomba’ são termos meteorológicos legítimos.
Uma “bomba” ocorre quando a pressão atmosférica em um sistema climático cai mais de 24 milibares em 24 horas. Para fins de comparação, a pressão típica da costa nordeste pode ficar por volta de 1.012 milibares, mas não é preciso uma queda muito grande para intensificar uma tempestade. As pressões mais baixas dos maiores furacões da Terra, como o Sandy, chegam à casa de 940 milibares. Assim, uma queda de 24 milibares é muito grande, e quando isso acontece em menos de 24 horas, meteorologistas ficam empolgados – porque o evento é raro.
Nesse caso, a tempestade estava se preparando para ser uma Nor’easter – um centro de baixa pressão no litoral nordeste que gira em sentido anti-horário, enviando ventos para o continente a partir do Atlântico. Então essa dupla dinâmica foi batizada de “bomba Nor’easter”. A previsão era que a pressão chegasse a 980 ou até 960 milibares. Mesmo que não fique tão baixa, a queda é pronunciada e limitada, o que provoca ventos fortes, talvez com mais de 90km/h para o Cape e o Maine.
No último fim de semana, meteorologistas estavam maravilhados, de olhos arregalados, com uma possível tempestade inédita provocada pela colisão de dois sistemas climáticos que poderia castigar todo o nordeste dos Estados Unidos com temperaturas extremamente baixas e metros de neve. A colisão começou a ocorrer no Oceano Atlântico em 25 de março, poupando grande parte do país, mas mesmo assim atingirá Cape Cod, Boston, o leste do Maine, e também o leste do Canadá.
Então, será que os meteorologistas estavam usando palavras inventadas? Esse é um problema recente, com serviços meteorológicos dando nomes a qualquer nevasca e dia ventoso. Mas não, ‘Rex’ e ‘bomba’ são termos meteorológicos legítimos.
Uma “bomba” ocorre quando a pressão atmosférica em um sistema climático cai mais de 24 milibares em 24 horas. Para fins de comparação, a pressão típica da costa nordeste pode ficar por volta de 1.012 milibares, mas não é preciso uma queda muito grande para intensificar uma tempestade. As pressões mais baixas dos maiores furacões da Terra, como o Sandy, chegam à casa de 940 milibares. Assim, uma queda de 24 milibares é muito grande, e quando isso acontece em menos de 24 horas, meteorologistas ficam empolgados – porque o evento é raro.
Nesse caso, a tempestade estava se preparando para ser uma Nor’easter – um centro de baixa pressão no litoral nordeste que gira em sentido anti-horário, enviando ventos para o continente a partir do Atlântico. Então essa dupla dinâmica foi batizada de “bomba Nor’easter”. A previsão era que a pressão chegasse a 980 ou até 960 milibares. Mesmo que não fique tão baixa, a queda é pronunciada e limitada, o que provoca ventos fortes, talvez com mais de 90km/h para o Cape e o Maine.
Por que tudo isso aconteceu? A umidade foi para o norte em um sistema do Golfo do México, mas o frio foi criado pelo bloqueio de Rex. Esse termo descreve um imenso centro de pressão que pode ficar preso no mesmo lugar. Nesse caso, o lugar foi sobre o Alaska e a Costa Oeste, o que forçou a corrente de jato a ir do Ártico para o centro-leste dos Estados Unidos. Quando esse sistema colidiu com a umidade do sistema do Golfo, os dois se combinaram e começaram a girar, reduzindo a pressão interna e elevando a umidade, transformando-a em neve.
Essa última bomba é apenas mais um exemplo da corrente de jato agindo de maneira estranha conforme nosso clima muda. E como aponta Holthaus, ainda que o nordeste esteja frio, o resto do planeta não está. De acordo com ele, espera-se que as temperaturas médias globais fiquem mais altas que o normal nas próximas semanas.
Originalmente publicada na Scientific American em 25 de março de 2014
Essa última bomba é apenas mais um exemplo da corrente de jato agindo de maneira estranha conforme nosso clima muda. E como aponta Holthaus, ainda que o nordeste esteja frio, o resto do planeta não está. De acordo com ele, espera-se que as temperaturas médias globais fiquem mais altas que o normal nas próximas semanas.
Originalmente publicada na Scientific American em 25 de março de 2014
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