Um novo estudo feito pela Nasa, agência espacial americana, mostra como a água dos rios que desaguam no Oceano Ártico ajudam a derreter as geleiras flutuantes da região.
As fotos ao lado exibem o delta do rio Mackenzie, no Canadá. A mais do alto é de 14 de junho de 2012. A de baixo, de 5 de julho. As imagens mostram como a descarga de água barrenta (mais marrom) ajuda a desintegrar a camada de gelo junto à costa. Naquele ano, o Ártico bateu o recorde de derretimento desde que as medições de satélite começaram, 35 anos antes.
O trabalho da água doce para quebrar o gelo fica mais claro nas fotos abaixo. Elas mostram o mesmo lugar nos mesmos dias. Só que suas cores foram alteradas para exibir as diferenças de temperatura. O azul mais escuro são águas (ou gelo) a até 2 graus centígrados negativos. O mais claro indica água a até 15 graus centígrados.
Pelas fotos de temperatura, é possível ver mais claramente como a descarga de água quentes do rio contribuem não só para quebrar o
gelo flutuante como para mudar a temperatura da água do mar na região.
A perda de gelo flutuante do Ártico é parte dos efeitos das mudanças climáticas. Essa perda não contribui diretamente para a elevação do nível do mar no planeta. Mas a redução na área branca que reflete a luz do sol aumenta a absorção de calor do mar. Com o encolhimento do Ártico, o Hemisfério Norte virou um aquecedor da Terra. Além disso, a água do mar mais quente ajuda a desestabilizar geleiras ancoradas na rocha, como as da Groenlândia. E essas, sim, derretem e mudam o nível do mar.
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