A banana é a fruta mais popular do mundo. E além dos seus predicados gastronômicos, ela já foi usada tanto para designar governos corruptos em países tropicais - as Repúblicas das Bananas - quanto para sinalizar algum comportamento estranho - no inglês "going bananas". Também tem se mostrado útil a atletas, como repositora de nutrientes. Quem não lembra do tenista Gustavo Kuerten comendo bananas no intervalos de jogos?
E se sua fruta favorita fosse extinta? É o que pode acontecer com as bananas, elas podem simplesmente desaparecer em breve.
Acontece que um patógeno fúngico está se espalhando pelo mundo, e já pode estar afetando 80% das bananas mundiais. Um estudo realizado na Holanda, mostra que a doença começou no Panamá – de lá ela tem grandes possibilidades de já ter chegado na Ásia, África, Oriente Médio e Austrália.E se sua fruta favorita fosse extinta?
É o que pode acontecer com as bananas, elas podem simplesmente desaparecer em breve.
Acontece que um patógeno fúngico está se espalhando pelo mundo, e já pode estar afetando 80% das bananas mundiais. Um estudo realizado na Holanda, mostra que a doença começou no Panamá – de lá ela tem grandes possibilidades de já ter chegado na Ásia, África, Oriente Médio e Austrália. A quarta plantação mais importante do mundo, logo a seguir ao trigo, arroz e milho.
Mas a banana mais comum nas prateleiras dos nossos supermercados - da variedade Cavendish - está a ser ameaçada por um fungo, que, temem os especialistas, pode alastrar-se a todas elas.
A Cavendish foi desenvolvida há 180 anos, numa quinta em Derbyshire, Inglaterra, a partir de um cacho de bananas importado das ilhas Maurícias, e batizada com o nome dos donos da propriedade. Tal possibilidade tem a ver com uma propriedade rural no condado de Derbyshire, Inglaterra. Ali, há 180 anos, foi desenvolvida a variação da fruta que se tornaria a mais consumida no mundo.
'Planta exótica'E se sua fruta favorita fosse extinta? É o que pode acontecer com as bananas, elas podem simplesmente desaparecer em breve.
Acontece que um patógeno fúngico está se espalhando pelo mundo, e já pode estar afetando 80% das bananas mundiais. Um estudo realizado na Holanda, mostra que a doença começou no Panamá – de lá ela tem grandes possibilidades de já ter chegado na Ásia, África, Oriente Médio e Austrália.E se sua fruta favorita fosse extinta?
É o que pode acontecer com as bananas, elas podem simplesmente desaparecer em breve.
Acontece que um patógeno fúngico está se espalhando pelo mundo, e já pode estar afetando 80% das bananas mundiais. Um estudo realizado na Holanda, mostra que a doença começou no Panamá – de lá ela tem grandes possibilidades de já ter chegado na Ásia, África, Oriente Médio e Austrália. A quarta plantação mais importante do mundo, logo a seguir ao trigo, arroz e milho.
Mas a banana mais comum nas prateleiras dos nossos supermercados - da variedade Cavendish - está a ser ameaçada por um fungo, que, temem os especialistas, pode alastrar-se a todas elas.
A Cavendish foi desenvolvida há 180 anos, numa quinta em Derbyshire, Inglaterra, a partir de um cacho de bananas importado das ilhas Maurícias, e batizada com o nome dos donos da propriedade. Tal possibilidade tem a ver com uma propriedade rural no condado de Derbyshire, Inglaterra. Ali, há 180 anos, foi desenvolvida a variação da fruta que se tornaria a mais consumida no mundo.
O jardineiro da propriedade de Chatsworth, Joseph Paxton, recebeu, em 1830, um cacho de bananas importadas das Ilhas Maurício. Paxton havia visto bananas em um papel de paredes de um dos 175 quartos da propriedade. Na esperança de cultivar o fruto, o jardineiro plantou o que seria a primeira bananeira daquela propriedade.
"Naquela época, era muito interessante para uma família inglesa plantar bananas e servir a fruta a seus visitantes", diz Porter.
Missionários acabaram levando as bananas Cavendish para o Pacífico e Ilhas Canárias. Com a epidemia da Doença do Panamá, que dizimou as plantações de outros tipos de bananas a partir de 1950, mas não afetou a Cavendish, esta variação da fruta passou a ser a preferida de agricultores mundo afora.
A Cavendish era imune ao fungo assassino. E acabou sendo o tipo-exportação.
A fruta rendeu, em 2014, US$ 11 bilhões em exportações da fruta, sendo o Equador o principal vendedor. O Brasil é o sexto maior produtor, com mais de 7 milhões de toneladas produzidas, mas consome quase toda a banana que produz.
O problema é que, enquanto produtores aperfeiçoavam a banana Cavendish, encontrada em supermercados do Ocidente quase sempre com o mesmo tamanho e sem manchas, o fungo da Doença do Panamá também evoluiu. E, agora, ameaça seriamente as Cavendish.
O novo fungo é ainda mais poderoso do que o que atacou o tipo mais popular de banana antes dos anos 50, a Gros Michel, e agora afeta plantações em diversos lugares no mundo. Mais de 10 mil hectares de plantações foram destruídos.
Como o todas as Cavendish produzidas atualmente são clones daquela plantada pelo jardineiro Joseph Paxton há quase dois séculos, se uma for atingida, as demais também serão.
Perigo
O fungo foi redescoberto em 1992, no Panamá, e detectado desde então na China, Indonésia, Malasia e Filipinas. E, de acordo com a Panama Disease.org, - entidade formada por pesquisadores holandeses para alertar sobre o perigo da doença- afetará logo, e em larga escala, plantações da América do Sul e África.
"O problema é que não temos outra variação da banana que seja imune à doença e que possa substituir a Cavendish", diz Gert Kema, especialista e produção da planta na Wageningen University and Research Centre, na Holanda, e um dos membros do Panama Didease.org.
Pesquisadores trabalham com duas linhas de ação para salvar a banana. Primeiro, conter o avanço da doença através de campanhas.
Mas é mais fácil falar do que fazer, alerta Alistair Smith, coordenador internacional da organização Banana Link, que reúne cooperativas de agricultores ao redor do mundo.
"É mais ou menos possível conter (o fungo) com medidas severas, mas isso não significa que a doença não será transmitida", diz.
Temos tecnologias mais avançadas agora do que tínhamos quando perdemos a Gros Michel", complementa Kema. "Podemos detectar e rastrear o fungo muito melhor do que antes, mas o problema persiste, pelo fato de que a Cavendish é muito vulnerável à doença".
Daí surge a segunda linha de atuação: achar uma banana não vulnerável ao fungo. "Continuar plantando a mesma banana é burrice", alerta Kema. "Podemos tentar aperfeiçoar a Cavendish geneticamente. Mas, em paralelo, precisamos aumentar a diversidade".
A eventual extinção da banana traria impacto severo para a economia e a dieta de vários países, lembram os pesquisadores.Enquanto isso, ainda distante da crise, a plantação de bananas iniciada por Joseph Paxton em 1830 segue firme em Chatsworth, na Inglaterra, onde são colhidos de 30 a 100 cachos por ano.
"Elas parecem mais com plântano, mais densas e não tão doces", comenta o atual jardineiro, Steve Porter. "Mas ficam bonitas na decoração e são usadas também em alguns pratos da casa.
Equanto pudermos, vamos manter nossa plantação".
"Continuar plantando a mesma banana é burrice", alerta Kema. "Podemos tentar aperfeiçoar a Cavendish geneticamente. Mas, em paralelo, precisamos aumentar a diversidade".
O novo fungo é ainda mais poderoso do que o que atacou o tipo mais popular de banana antes dos anos 50, a Gros Michel, e agora afeta plantações em diversos lugares no mundo. Mais de 10 mil hectares de plantações foram destruídos.
Como o todas as Cavendish produzidas atualmente são clones daquela plantada pelo jardineiro Joseph Paxton há quase dois séculos, se uma for atingida, as demais também serão.
Perigo
O fungo foi redescoberto em 1992, no Panamá, e detectado desde então na China, Indonésia, Malasia e Filipinas. E, de acordo com a Panama Disease.org, - entidade formada por pesquisadores holandeses para alertar sobre o perigo da doença- afetará logo, e em larga escala, plantações da América do Sul e África.
"O problema é que não temos outra variação da banana que seja imune à doença e que possa substituir a Cavendish", diz Gert Kema, especialista e produção da planta na Wageningen University and Research Centre, na Holanda, e um dos membros do Panama Didease.org.
Pesquisadores trabalham com duas linhas de ação para salvar a banana. Primeiro, conter o avanço da doença através de campanhas.
Mas é mais fácil falar do que fazer, alerta Alistair Smith, coordenador internacional da organização Banana Link, que reúne cooperativas de agricultores ao redor do mundo.
"É mais ou menos possível conter (o fungo) com medidas severas, mas isso não significa que a doença não será transmitida", diz.
Temos tecnologias mais avançadas agora do que tínhamos quando perdemos a Gros Michel", complementa Kema. "Podemos detectar e rastrear o fungo muito melhor do que antes, mas o problema persiste, pelo fato de que a Cavendish é muito vulnerável à doença".
Outra banana
Daí surge a segunda linha de atuação: achar uma banana não vulnerável ao fungo.
"Continuar plantando a mesma banana é burrice", alerta Kema. "Podemos tentar aperfeiçoar a Cavendish geneticamente. Mas, em paralelo, precisamos aumentar a diversidade".
A eventual extinção da banana traria impacto severo para a economia e a dieta de vários países, lembram os pesquisadores.
Enquanto isso, ainda distante da crise, a plantação de bananas iniciada por Joseph Paxton em 1830 segue firme em Chatsworth, na Inglaterra, onde são colhidos de 30 a 100 cachos por ano.
"Elas parecem mais com plântano, mais densas e não tão doces", comenta o atual jardineiro, Steve Porter. "Mas ficam bonitas na decoração e são usadas também em alguns pratos da casa. Equanto pudermos, vamos manter nossa plantação".
G1.com
"Naquela época, era muito interessante para uma família inglesa plantar bananas e servir a fruta a seus visitantes", diz Porter.
Missionários acabaram levando as bananas Cavendish para o Pacífico e Ilhas Canárias. Com a epidemia da Doença do Panamá, que dizimou as plantações de outros tipos de bananas a partir de 1950, mas não afetou a Cavendish, esta variação da fruta passou a ser a preferida de agricultores mundo afora.
A Cavendish era imune ao fungo assassino. E acabou sendo o tipo-exportação.
A fruta rendeu, em 2014, US$ 11 bilhões em exportações da fruta, sendo o Equador o principal vendedor. O Brasil é o sexto maior produtor, com mais de 7 milhões de toneladas produzidas, mas consome quase toda a banana que produz.
O problema é que, enquanto produtores aperfeiçoavam a banana Cavendish, encontrada em supermercados do Ocidente quase sempre com o mesmo tamanho e sem manchas, o fungo da Doença do Panamá também evoluiu. E, agora, ameaça seriamente as Cavendish.
O novo fungo é ainda mais poderoso do que o que atacou o tipo mais popular de banana antes dos anos 50, a Gros Michel, e agora afeta plantações em diversos lugares no mundo. Mais de 10 mil hectares de plantações foram destruídos.
Como o todas as Cavendish produzidas atualmente são clones daquela plantada pelo jardineiro Joseph Paxton há quase dois séculos, se uma for atingida, as demais também serão.
Perigo
O fungo foi redescoberto em 1992, no Panamá, e detectado desde então na China, Indonésia, Malasia e Filipinas. E, de acordo com a Panama Disease.org, - entidade formada por pesquisadores holandeses para alertar sobre o perigo da doença- afetará logo, e em larga escala, plantações da América do Sul e África.
"O problema é que não temos outra variação da banana que seja imune à doença e que possa substituir a Cavendish", diz Gert Kema, especialista e produção da planta na Wageningen University and Research Centre, na Holanda, e um dos membros do Panama Didease.org.
Pesquisadores trabalham com duas linhas de ação para salvar a banana. Primeiro, conter o avanço da doença através de campanhas.
Mas é mais fácil falar do que fazer, alerta Alistair Smith, coordenador internacional da organização Banana Link, que reúne cooperativas de agricultores ao redor do mundo.
"É mais ou menos possível conter (o fungo) com medidas severas, mas isso não significa que a doença não será transmitida", diz.
Temos tecnologias mais avançadas agora do que tínhamos quando perdemos a Gros Michel", complementa Kema. "Podemos detectar e rastrear o fungo muito melhor do que antes, mas o problema persiste, pelo fato de que a Cavendish é muito vulnerável à doença".
Daí surge a segunda linha de atuação: achar uma banana não vulnerável ao fungo. "Continuar plantando a mesma banana é burrice", alerta Kema. "Podemos tentar aperfeiçoar a Cavendish geneticamente. Mas, em paralelo, precisamos aumentar a diversidade".
A eventual extinção da banana traria impacto severo para a economia e a dieta de vários países, lembram os pesquisadores.Enquanto isso, ainda distante da crise, a plantação de bananas iniciada por Joseph Paxton em 1830 segue firme em Chatsworth, na Inglaterra, onde são colhidos de 30 a 100 cachos por ano.
"Elas parecem mais com plântano, mais densas e não tão doces", comenta o atual jardineiro, Steve Porter. "Mas ficam bonitas na decoração e são usadas também em alguns pratos da casa.
Equanto pudermos, vamos manter nossa plantação".
"Continuar plantando a mesma banana é burrice", alerta Kema. "Podemos tentar aperfeiçoar a Cavendish geneticamente. Mas, em paralelo, precisamos aumentar a diversidade".
O novo fungo é ainda mais poderoso do que o que atacou o tipo mais popular de banana antes dos anos 50, a Gros Michel, e agora afeta plantações em diversos lugares no mundo. Mais de 10 mil hectares de plantações foram destruídos.
Como o todas as Cavendish produzidas atualmente são clones daquela plantada pelo jardineiro Joseph Paxton há quase dois séculos, se uma for atingida, as demais também serão.
Perigo
O fungo foi redescoberto em 1992, no Panamá, e detectado desde então na China, Indonésia, Malasia e Filipinas. E, de acordo com a Panama Disease.org, - entidade formada por pesquisadores holandeses para alertar sobre o perigo da doença- afetará logo, e em larga escala, plantações da América do Sul e África.
"O problema é que não temos outra variação da banana que seja imune à doença e que possa substituir a Cavendish", diz Gert Kema, especialista e produção da planta na Wageningen University and Research Centre, na Holanda, e um dos membros do Panama Didease.org.
Pesquisadores trabalham com duas linhas de ação para salvar a banana. Primeiro, conter o avanço da doença através de campanhas.
Mas é mais fácil falar do que fazer, alerta Alistair Smith, coordenador internacional da organização Banana Link, que reúne cooperativas de agricultores ao redor do mundo.
"É mais ou menos possível conter (o fungo) com medidas severas, mas isso não significa que a doença não será transmitida", diz.
Temos tecnologias mais avançadas agora do que tínhamos quando perdemos a Gros Michel", complementa Kema. "Podemos detectar e rastrear o fungo muito melhor do que antes, mas o problema persiste, pelo fato de que a Cavendish é muito vulnerável à doença".
Outra banana
Daí surge a segunda linha de atuação: achar uma banana não vulnerável ao fungo.
"Continuar plantando a mesma banana é burrice", alerta Kema. "Podemos tentar aperfeiçoar a Cavendish geneticamente. Mas, em paralelo, precisamos aumentar a diversidade".
A eventual extinção da banana traria impacto severo para a economia e a dieta de vários países, lembram os pesquisadores.
Enquanto isso, ainda distante da crise, a plantação de bananas iniciada por Joseph Paxton em 1830 segue firme em Chatsworth, na Inglaterra, onde são colhidos de 30 a 100 cachos por ano.
"Elas parecem mais com plântano, mais densas e não tão doces", comenta o atual jardineiro, Steve Porter. "Mas ficam bonitas na decoração e são usadas também em alguns pratos da casa. Equanto pudermos, vamos manter nossa plantação".
G1.com
Como o todas as Cavendish produzidas atualmente são clones daquela plantada pelo jardineiro Joseph Paxton há quase dois séculos, se uma for atingida, as demais também serão.Perigo O fungo foi redescoberto em 1992, no Panamá, e detectado desde então na China, Indonésia, Malasia e Filipinas. E, de acordo com a Panama Disease.org, - entidade formada por pesquisadores holandeses para alertar sobre o perigo da doença- afetará logo, e em larga escala, plantações da América do Sul e África.
Missionários acabaram levando as bananas Cavendish para o Pacífico e Ilhas Canárias. Com a epidemia da Doença do Panamá, que dizimou as plantações de outros tipos de bananas a partir de 1950, mas não afetou a Cavendish, esta variação da fruta passou a ser a preferida de agricultores mundo afora.
A Cavendish era imune ao fungo assassino. E acabou sendo o tipo-exportação. A fruta rendeu, em 2014, US$ 11 bilhões em exportações da fruta, sendo o Equador o principal vendedor. O Brasil é o sexto maior produtor, com mais de 7 milhões de toneladas produzidas, mas consome quase toda a banana que produz.
Atualmente, mais de 100 milhões de bananas são consumidas anualmente no planeta.
Mas agora o mundo enfrenta uma nova ameaça que pode provocar, segundo especialistas, a extinção da variedade mais comum da banana, a Cavendish (no Brasil, banana d'água e/ou nanica). E talvez da fruta em todas as suas espécies.
Tal possibilidade tem a ver com uma propriedade rural no condado de Derbyshire, Inglaterra. Ali, há 180 anos, foi desenvolvida a variação da fruta que se tornaria a mais consumida no mundo.
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