Um grupo de cientistas do Heritage Innovation Preservation Institute, no Egito, tentará descobrir como foi construída uma das famosas pirâmides do país.
Eles realizarão a tarefa a partir da análise de dados de partículas cósmicas coletadas na Pirâmide Curvada, que fica em Dahshur. A estrutura tem mais de 4600 anos e, segundo arqueólogos que já a estudaram, provavelmente foi terminada na pressa, por isso tem um formato fora do padrão. Tanto que o faraó Seneferu, o primeiro da IV Dinastia do Antigo Egito, teria dado início a uma nova pirâmide, a Vermelha, a alguns quilômetros dali.
Os pesquisadores do Heritage Innovation Preservation Institute utilizaram placas de radiografia para coletar informações sobre os múons. Trata-se de partículas subatômicas invisíveis que são criadas quando raios cósmicos do espaço interagem com os átomos na atmosfera terrestre – estima-se que 10 mil delas caiam por minuto no planeta.
Os múons podem ser absorvidos por materiais densos, como as pedras. Isso significa que se os cientistas encontrarem várias dessas partículas em um só lugar, é possível entender melhor quais foram os processos que elas passaram para chegar ali. É isso que eles esperam conseguir da pirâmide. "Mesmo se encontrarmos um vazio em um local, poderemos fazer novas perguntas e formular novas hipóteses. Talvez possamos até mesmo resolver algumas delas", disse Mehdi Tayoubi, presidente do Heritage Innovation Preservation Institute.
Galileu.com
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