A Nasa acaba de provar que quer estar preparada até mesmo para os piores cenários já desenhados pela ficção científica. A agência espacial americana acaba de nomear oficialmente uma equipe encarregada de detectar e rastrear objetos de todos os tamanhos potencialmente perigosos para o planeta Terra. O departamento foi batizado de Gabinete de Coordenação de Defesa Planetária. O governo dos EUA chegou a destinar US$ 50 milhões do orçamento da Nasa para observação e defesa, valor dez vezes maior do que aquele pensado em 2010, ano em que o departamento foi proposto pela primeira vez.
O escritório terá a função de emitir advertências em caso de previsões de impactos, além de ajudar a coordenar as agências governamentais. A equipe também irá se preparar para evocar as contramedidas necessárias para salvar o planeta em face de uma ameaça real. De acordo com a Nasa, são detectados todo ano cerca de 1.500 objetos que passam "muito próximos" da Terra.
— A criação formal do Gabinete de Coordenação de Defesa Planetária torna evidente que a agência está empenhada em realizar um papel de liderança nos
esforços nacionais e internacionais para a detecção desses riscos de impactos naturais. A agência também quer se envolver no planejamento se houver uma necessidade de defesa planetária — afirmou durante o lançamento do novo gabinete a americana Lindley Johnson, que agora assumiu o inusitado cargo de Policial de Defesa Planetária.
O novo escritório também está desenvolvendo metas de defesa de longo prazo. Entre elas, algumas baseadas no conceito de “reorientação de asteroides": o mecanismo consiste em empurrar o objeto ameaçador para fora do seu curso, afastando-o da Terra. Programas como este também são do interesse da Agência Espacial Europeia.
A detecção de asteroides, o seu acompanhamento e a defesa do nosso planeta é algo que a Nasa, os seus parceiros de interagências e a comunidade global leva muito a sério — destacou John Grunsfeld, administrador associado da Nasa em Washington. — Embora não existam ameaças de impacto conhecidas neste momento, a super-bola de fogo Chelyabinsk, de 2013, e aproximação recente do “Asteroide Halloween” nos lembram do por que precisamos permanecer vigilantes e manter nossos olhos voltados para o céu.
O Globo.com
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