Cientistas da Universidade Northestern, nos Estados Unidos, criaram um concreto resistente apenas com materiais encontrados na superfície marciana, o que baratearia os custos da colonização do planeta.
Um dos desafios da colonização de Marte, prevista para as próximas décadas, é a construção de casas e vilas que abrigariam os humanos. Usar espaçonaves para transportar materiais de construção como pedras, tijolos e cimento seria caro e difícil - além de levar muitos anos. Por isso, pesquisadores do departamento de engenharia da Universidade Northwestern, nos Estados Unidos, propuseram outra alternativa: um concreto feito apenas com materiais encontrados em Marte.
De acordo com estudo, publicado em um repositório online, é possível usar a areia do solo marciano misturada ao enxofre abundantemente distribuído pela superfície para fazer um concreto durável e sustentável. O enxofre faria o papel da água, "colando" o cimento. A partir de simulações feitas com diferentes tamanhos de grãos de areia marcianos e enxofre fundido, os cientistas parecem ter achado a receita ideal para o "cimento" extraterrestre.
"Concreto marciano" - O concreto feito de enxofre já foi usado na Terra para a construção de recifes artificiais e oleodutos, então a tecnologia não é uma novidade na área da construção civil. Os testes experimentais com o "concreto marciano" revelaram um material até duas vezes mais resistente que seu equivalente terreno. Além disso, enquanto o concreto na Terra demora até 48 horas para secar e solidificar, o concreto de Marte levaria uma hora ou menos. Isso o tornaria excelente para as impressoras 3D que, de acordo com pesquisas recentes da Nasa, devem ter papel importante na construção em outros planetas. O novo material criado pelos cientistas ainda seria reutilizável, ou seja, poderia ser derretido e ganhar uma nova forma.
"O desenvolvimento de um concreto marciano à base de enxofre é possível para construções em Marte por sua facilidade, rápida secagem, alta resistência, possibilidade de reciclagem e adaptação em ambiente seco e gelado", escrevem os pesquisadores. Um obstáculo a menos para as futuras "cidades" marcianas.
Veja.com
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