quarta-feira, 13 de janeiro de 2016

Como construir as primeiras casas em Marte

Dunas de areia em Marte
Cientistas da Universidade Northestern, nos Estados Unidos, criaram um concreto resistente apenas com materiais encontrados na superfície marciana, o que baratearia os custos da colonização do planeta.
 
Um dos desafios da colonização de Marte, prevista para as próximas décadas, é a construção de casas e vilas que abrigariam os humanos. Usar espaçonaves para transportar materiais de construção como pedras, tijolos e cimento seria caro e difícil - além de levar muitos anos. Por isso, pesquisadores do departamento de engenharia da Universidade Northwestern, nos Estados Unidos, propuseram outra alternativa: um concreto feito apenas com materiais encontrados em Marte.
De acordo com estudo, publicado em um repositório online, é possível usar a areia do solo marciano misturada ao enxofre abundantemente distribuído pela superfície para fazer um concreto durável e sustentável. O enxofre faria o papel da água, "colando" o cimento. A partir de simulações feitas com diferentes tamanhos de grãos de areia marcianos e enxofre fundido, os cientistas parecem ter achado a receita ideal para o "cimento" extraterrestre.
"Concreto marciano" - O concreto feito de enxofre já foi usado na Terra para a construção de recifes artificiais e oleodutos, então a tecnologia não é uma novidade na área da construção civil. Os testes experimentais com o "concreto marciano" revelaram um material até duas vezes mais resistente que seu equivalente terreno. Além disso, enquanto o concreto na Terra demora até 48 horas para secar e solidificar, o concreto de Marte levaria uma hora ou menos. Isso o tornaria excelente para as impressoras 3D que, de acordo com pesquisas recentes da Nasa, devem ter papel importante na construção em outros planetas. O novo material criado pelos cientistas ainda seria reutilizável, ou seja, poderia ser derretido e ganhar uma nova forma.
"O desenvolvimento de um concreto marciano à base de enxofre é possível para construções em Marte por sua facilidade, rápida secagem, alta resistência, possibilidade de reciclagem e adaptação em ambiente seco e gelado", escrevem os pesquisadores. Um obstáculo a menos para as futuras "cidades" marcianas.
Veja.com

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