terça-feira, 29 de março de 2016

Comer devagar ajuda a manter um hálito bom

Mastigar lentamente aumenta o estímulo das glândulas salivares, melhorando a quantidade e a qualidade da saliva.
 
Um hálito agradável depende de bons hábitos que estejam ligados diretamente às condições salivares. E não somente o que você come, mas também como você faz isso pode influenciar muito nessa questão. Comer devagar estimula a salivação tanto na forma quantitativa (volume) como na forma qualitativa (equilíbrio entre os componentes da saliva). Por isso, a partir de agora se você quer ter um hálito legal, comece a reservar um bom tempo para suas refeições.
Quando comemos devagar, além de apreciamos melhor o gosto dos alimentos, estimulamos a manutenção da nossa saliva. “Saliva de boa qualidade para prevenir alterações do hálito é aquela capaz de exercer suas funções básicas como formação do bolo alimentar, lubrificação das mucosas bucais, hidratação da cavidade bucal, dentre muitas outras com o objetivo de auto limpeza”, diz Marignês Theotonio Dutra, Coordenadora do Curso de Halitose Oficial da ABHA (Associação Brasileira de Halitose).
 
Quando comemos devagar, além de apreciamos melhor o gosto dos alimentos, estimulamos a manutenção da nossa saliva
 
Comer devagar significa mastigar mais vezes, aumentando o estímulo das várias glândulas salivares e estimulando maior produção e mais trocas desse fluido. “Quem mastiga mais e várias vezes por dia está sempre com “saliva nova” na boca. A “saliva velha” ou aquela que fica parada na cavidade bucal sem ser renovada pode acabar exalando compostos mau cheirosos”, diz a especialista.
Mantendo a saliva saudável
Mas comer devagar não é a única forma de manter a saliva saudável e o hálito bom. A saliva responde a uma série de estímulos neuronais, ou seja, além de boa alimentação e muita ingestão de água (cerca de 95% da saliva é água), também dependemos de nosso estado emocional e de alguns hábitos para manter as condições da boca em ordem.
“As alterações emocionais como o stress, mesmo que momentâneas, podem ter como consequências alterações do fluxo salivar gerando descamação da mucosa, facilitando a aderência de nutrientes, acelerando a atividade bacteriana bucal e favorecendo a formação da placa na língua (saburra lingul) e, consequente, alterando o hálito”, diz Marignês.
Para espantar esse tipo de problema e tantos outros que podem acabar afetando a qualidade e a quantidade da saliva, Marignês fez uma lista de hábitos saudáveis:
- Exercite-se regularmente (de 3 a 4 vezes por semana), pois você consegue lidar melhor com situações adversas quando tem endorfina disponível.
- Exponha-se a luz natural. O sol também é um estímulo salivar importante além de aumentar a disponibilidade de Vitamina D.
- Coma a cada 3 horas para manter o seu metabolismo ativo e realizar trocas salivares (formar saliva nova).
- Alimente-se com frutas cítricas (laranja, abacaxi, mexerica, limão, kiwi, maçã, etc.). Lembre-se que um adulto saudável deve ingerir pelo menos 4 porções de frutas por dia.
- Procure consumir alimentos com fibras como cereais e itens integrais. Também coma folhas e  
- Consuma muita água (mínimo diário de 02 litros ou 08 copos) ao longo do dia.
Mastigação e digestão
Alimentos mau mastigados e que são engolidos aos pedaços acabam não sendo adequadamente metabolizados ou digeridos e ficam por mais tempo dentro do organismo formando gases que são transportados pela corrente sanguínea e liberados na respiração.
“Esses gases podem exalar compostos mau cheirosos dependendo do tipo de alimento ingerido. Uma dica: alimentos que têm maior dificuldade de digestão se não forem bem mastigados são as proteínas animais como carnes e gorduras”, diz a especialista. Por isso, comer devagar e atento a cada mastigação é fundamental para ter um hálito bom e uma boca saudável.
 

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