Após passar um longo período em uma coleção privada, manuscritos de Isaac Newton relacionados à pedra filosofal foram adquiridos pela American Chemical Heritage Foundation, dos Estados Unidos.
Histórias sobre pedra filosofal começaram a surgir em anotações a partir de 300 d.C. Ela se tornou popular entre alquimistas por supostamente ser o elixir da vida, capaz de imortalizar as pessoas.
Já no caso do manuscrito de Newton, que foi escrito em latim no século 17, a pedra filosofal seria uma substância capaz de transformar metais como mercúrio e cobre em ouro ou prata. O documento em questão conta com descrições de experimentos de outro alquimista, George Starkey, bem como anotações de Newton sobre o assunto.
Os processos descritos envolvem o "mercúrio filosofal" que, como explica o curador da American Chemical Heritage Foundation, James Voelker, "era a substância que os cientistas acreditavam ser capaz de quebrar metais em elementos". "A ideia era realizar esses processos para depois transformar os elementos em outros metais", conta. A noção dessa substância foi desenvolvida por um terceiro alquimista, Eirenaeus Philalethes, e acreditava-se que ela seria essencial para a criação da pedra filosofal.
Como aponta o Science Alert, nas anotações não fica claro se Newton tentou desenvolver a pedra. Ainda há uma leva de manuscritos do cientista que não foi divulgada ao público. Em 1936, os herdeiros dele venderam esses documentos para colecionadores e só depois de décadas, aos poucos, começaram a voltar para instituições públicas. A maior parte das anotações relacionadas aos experimentos de Newton no momento está na Universidade de Cambridge, na Inglaterra, onde o cientista conduziu suas pesquisas.
Agora que o texto relacionado à pedra filosofal está nas mãos da American Chemical Heritage Foundation, a Universidade de Indiana, nos Estados Unidos, dará início ao projeto "A química de Isaac Newton", em que os documentos ficarão disponíveis online para estudo. "A coleção é gigantesca. Estima-se que Newton tenha escrito mais de um milhão de palavras relacionadas à alquimia", afirma Voelker.
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