quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Cientistas criam primeiro mapa de alta resolução do movimento de gelo na Antártida

Uma equipe de cientistas liderada pela Nasa (Agência espacial americana) elaborou o primeiro mapa de alta resolução do movimento do gelo na Antártida, o que ajudará a entender melhor o impacto da mudança climática no continente.
O mapa, publicado nesta quinta-feira (18) na revista Science, foi elaborado como se fosse um mosaico digital com imagens de satélite proporcionadas pelas agências espaciais do Canadá (CSA), Europa (ESA) e Japão (JAXA) e revela os detalhes do movimento do gelo na Antártida entre 2007 e 2009.
O objetivo deste trabalho, liderado pelo pesquisador Eric Rignot, do Laboratório de Propulsão a jato (JPL) da Nasa em Pasadena - estado americano da Califórnia -, é ajudar os pesquisadores a entender as mudanças do continente diante do constante aquecimento global. "Nosso mapa representa uma importante medida de referência, ao ser a primeira imagem completa do padrão de movimento no gelo (neste período)", explica o professor Jeremie Mouginot, pesquisador do Departamento de Ciências da Terra da Universidade da Califórnia, em Irvine, um dos autores da pesquisa.
Segundo ele, a velocidade do gelo é uma característica fundamental das geleiras e das camadas de gelo, que mede a velocidade à qual este elemento é transportado das regiões do interior rumo ao oceano. Suas medições e análises redefinem a compreensão atual sobre a dinâmica da camada de gelo antártica, ao revelar que o fluxo da camada de gelo do continente se compõe de uma complexa rede de afluentes que vêm do interior.
Essa nova visão do movimento da camada de gelo pode favorecer a reconstrução histórica e o prognóstico de sua evolução, Dado que a grande maior parte do gelo na Terra se encontra na Antártida e que o derretimento das calotas polares pode ter efeitos no nível do mar, este mapa também será útil para pesquisas futuras sobre o aquecimento global.
O trabalho foi concluído durante o Ano Polar Internacional e é o primeiro estudo deste tipo desde 1957.

Nenhum comentário:

Postar um comentário