A saga "Planeta dos Macacos" voltou nesta sexta-feira às telas do cinema, depois de 10 anos de ausência, com um novo filme que conta a gênesis da memorável história de ficção científica, e o faz pela primeira vez sem máscaras e sem fantasias.
"É uma grande história, a de uma revolução como as que acontecem em nossos dias e nosso mundo, mas que, dessa vez, é liderada por macacos", conta o cineasta Rupert Wyatt.
"Planeta dos Macacos: a Origem" é o nome deste sétimo filme da saga e a primeira que finalmente responde à pergunta sobre o que ocorreu para que a humanidade fosse dominada pelos símios. A trama se desenvolve em tempos contemporâneos e culpa o abuso humano da ciência e da genética pela rebelião dos primatas.
O novo filme chega às telas 46 anos depois de Charleston Heston participar do elenco de atores a caráter no clássico que deu nome à saga e 10 anos depois de Mark Wahlberg fazer o mesmo na reinterpretação da história dirigida por Tim Burton.
Neste novo filme, há uma grande aposta nos efeitos especiais que, além de mostrar uma grande batalha na ponte Golden Gate de São Francisco, apresenta talvez o macaco mais humano da saga.
É uma história muito humana, com um protagonista muito humano, reconhece o diretor, referindo-se ao chipanzé Caesar, que possui uma inteligência sobrenatural, fruto de um experimento científico para encontrar a cura ao Mal de Alzheimer e que o fará liderar uma rebelião contra a humanidade, apoiado por outros símios.
O personagem Caesar é criado por computador, mas não na sua totalidade: seus gestos, expressões e movimentos são do ator britânico Andy Serkis, graças à alta tecnologia usada também em "Avatar" (2009) e agora aproveitada em "Planeta dos Macacos: a Origem".
Trata-se do primeiro filme da história em que a tecnologia "performace capture" - que captura movimentos e expressões de atores para depois aplicá-los a personagens criados por computador - foi usada em locais externos, com luz solar.
"Usamos a tecnologia "Avatar" e a levamos tanto para dentro dos estúdios como para fora, pois o mundo deste filme é real, não inventado. Queríamos que Andy agisse junto aos outros atores e que fosse dirigido pelo diretor", explicou o técnico de efeitos especiais Joe Letteri, vencedor do Oscar por "Avatar".
Essa tecnologia permitiu assim a Serkis interpretar Caesar no mesmo espaço que seus colegas de elenco: o americano James Franco e a indiana Freida Pinto, que interpretam, respectivamente, o cientista que transforma o macaco em um ser sobrenatural e uma primatóloga que representa voz da consciência.
É uma superprodução que suscita perguntas e apresenta personagens muito humanos, como faziam os primeiros filmes de Steven Spielberg, quanto ao dilema moral sobre o uso de remédios genéticamente modificados e a pergunta sobre quem é o ser superior, se o homem ou o macaco, premissa de todos os filmes anteriores.
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