Como todos os cinemas nos EUA se preparam para acolher multidões de "primatas bípedes" para exibição de "Rise of the Planet of the Apes"- (Planeta dos Macacos: a Origem) nesse fim de semana, parece oportuno para refletir sobre um momento na história da Terra em que os símios não-humanos realmente reinaram.
Durante a época do Mioceno -, a quarta época da era Cenozoica que está compreendida entre cerca de 23 milhões e 5 milhões de anos atrás -, nosso planeta abrigou cerca de 100 espécies de macacos. Havia macacos pequenos e macacos gigantes, macacos que andavam de quatro e macacos que oscilavam de galho em galho. E eles vagavam por todo o Velho Mundo: da França para a China, Quênia e Namíbia.
Em 2003, o paleontólogo David Begun, da University of Toronto, escreveu um artigo para a Scientific American sobre os macacos do Mioceno. Segundo ele, é uma história fascinante. O grupo taxonômico que engloba os grandes símios e os seres humanos, os hominídeos, teve origem na Eurásia. Específicamente, um macaco chamado Dryopithecus ou Ouranopithecus foi o antepassado dos macacos africanos e seres humanos!!!
Outros pesquisadores concordam com uma origem africana para o grupo, um modelo que ganhou o apoio de descobertas nos últimos anos de fósseis de grande porte do Mioceno.
O registro fóssil africano de grandes macacos não aumenta após o Mioceno. Mas o registro fóssil humano sim. Na verdade, o registro fóssil humano é muito bom. É estranho pensar que sabemos muito sobre a evolução humana e ainda tão pouco sobre a de nossos primos vivos mais próximos. O Chororapithecus poderia ser um antepassado do gorila. Até mais que mais fósseis venham à luz, a história de como exatamente o planeta dos macacos tornou-se o planeta dos seres humanos continua muito incompleta.
Fonte: Scientific American.com
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