segunda-feira, 22 de agosto de 2011

"Semana Mundial da Água" enfoca desafios da urbanização

Começou neste domingo (21), e vai até o dia 27 de agosto, em Estocolmo, na Suécia, a Semana Mundial da Água.
O evento é organizado pelo Instituto Internacional da Água de Estocolmo e acontece todos os anos desde 1991, com representantes do mundo todo.
Cada versão do encontro apresenta um tema específico relacionado à água. Este ano, a semana vai enfocar os desafios que a urbanização acelerada impõe para o consumo e a distribuição de água. Estima-se que em 2050, toda a população da Terra tenha o mesmo tamanho da atual população do planeta - quase 7 bilhões de pessoas.
De acordo com os organizadores da Semana Mundial da Água, o crescimento das cidades provoca um efeito cascata na demanda e no consumo dos diversos recursos, e o mais sensível deles é a água. "Não estamos conseguindo atender às exigências dos acordos firmados na área de saneamento e distribuição de água", afirmam os organizadores em um comunicado.
O encontro tem como mérito colocar o problema em pauta. "Hoje um bilhão de pessoas não têm acesso a água potável e dois bilhões não têm acesso ao saneamento básico", segundo o coordenador do Programa Água para a Vida do WWF (Fundo Mundial para a Natureza), Samuel Barreto.
O Brasil apesar de ter água em abundância, enfrenta problemas graves. A maior parte da população, 80%, se concentra em cidades litorâneas ou próximas da costa, onde apenas 16% da água doce está disponível. A ocupação desordenada de áreas protegidas, como mananciais, compromete o abastecimento dos grandes centros urbanos.
Um estudo da Agência Nacional das Águas afirma que serão necessários 18 bilhões de reais para evitar que falte água nas grandes cidades brasileiras até 2015.
Hoje, 40% da água tratada - ou seja, que custou muito dinheiro para ser limpa - é perdida nas tubulações antes mesmo de chegar às casas. Em algumas regiões do Brasil, esse índice chega a 70%. Para dar uma dimensão ao problema: Os conflitos armados causados pela água vêm se acentuando no Oriente Médio e na Ásia, lugares onde a demanda gerada pela população supera em muito a quantidade disponível. A escassez também está dando origem a outro fenômeno, a dos refugiados climáticos.
Apesar de 70% da água consumida mundialmente ser usada na agricultura, 22% pelas indústrias e somente 8% ser destinado ao uso doméstico, essas taxas praticamente se invertem nas grandes cidades.
Por isso, programas que estimulem o uso racional são essenciais!!! 
Fonte: Veja.com

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