Cientistas afirmam que a chegada do homem a Marte pode ser uma grande ameaça
para o planeta vermelho, uma vez que trilhões de micróbios viajariam com cada
astronauta que pisar em solo marciano. Enquanto esses micróbios evoluíram em
milhares de anos para ajudar as pessoas a fazerem tudo, desde digestão a impedir
bactérias de prejudicar vidas, não existe explicação em como eles poderiam
interagir com o ambiente do planeta.
De acordo com o jornal britânico Daily Mail, agências espaciais estão
repensando maneiras de minimizar os riscos de contaminação. "Se tivermos
astronautas humanos em Marte, não existe forma de esteriliza-los. Eles estariam
'vomitando' milhares de micróbios a cada segundo. Seria um grande problema",
explicou Cynthia Phillips, do Instituto de Pesquisa à Inteligência
Extraterrestre, dos Estados Unidos.
Robôs como a Curiosity da Nasa, que pousou em Marte no dia 5 de agosto, podem
ser limpos, mas ainda não existe forma de fazer o mesmo com exploradores
humanos. Os dados que a sonda Curiosity está coletando do território vermelho
podem ajudar cientistas a entender o quão sensível a superfície do planeta pode
ser para contaminação.
O fundador da empresa americana SpaceX, Elon Musk, afirmou que pretende
mandar astronautas para Marte em 15 anos; e a empresa holandesa Mars One quer
pousar uma nave com quatro pessoas no planeta em 2023 como os primeiros passos
para estabilizar uma colônia permanente por lá. O Tratado do Espaço Externo de
1967 diz que países podem ser responsáveis por atividades interplanetárias de
empresas privadas em suas fronteiras, e podem ser levados a julgamento
internacional com acusações de contaminações a outro planeta.
"Se você quer ser um bom cidadão do Sistema Solar, seguirá as regras de
proteção planetária, assim como você recolhe o lixo e não espalha poluição no
país", afirma Cassie Conley, oficial de proteção planetária da Nasa.
Nenhum comentário:
Postar um comentário