quarta-feira, 10 de outubro de 2012

Historiadores encontram lugar exato de assassinato de Júlio César

O cinema, o teatro e as artes plásticas contaram inúmeras vezes a história do assassinato de Júlio César, o nobre e militar romano que governou Roma no século I a.C. Vinte séculos depois, uma equipe do Conselho Superior de Investigações Científicas (CSIC), liderado pelo historiador Antonio Monterroso, encontrou o lugar exato onde o general foi apunhalado e morto no dia 15 de março de 44 a.C por um grupo de senadores que conspiraram contra ele.
O local deste momento histórico está justamente no fundo do centro da Cúria do Teatro de Pompeu, em Roma, onde os senadores costumavam se reunir. Júlio César morreu sentado em uma cadeira durante uma reunião do Senado. Depois de seu assassinato, Marco Antônio, Lépido e Otávio Augusto passaram a governar e Roma foi tomada por guerras civis.
- Encontramos uma laje de concreto de três metros de largura por dois de altura, uma estrutura que mostrava o lugar onde Júlio César estava sentado naquela reunião - disse Monterroso, que desde 2002 investiga o local do assassinato. - Essa estrutura não é original da construção, que é de 55 a.C, só foi colocado por volta de 20 a.C, por ordem de Augusto, seu filho adotivo e sucessor, para fechar a zona e condenar o assassinato de seu pai.
Os restos do Teatro do Pompeu estão atualmente na área arqueológica da Torre Argentina, em pleno centro histórico de Roma. Pelas fontes clássicas se sabia que o local da morte foi fechado e se transformou em um memorial para Júlio César.
- O que não sabíamos é que este fechamento supôs também que o edifício deixou de ser completamente acessível - disse o historiador, explicando que os restos foram encontrados na época de Mussolini, em 1929.
Na Torre Argentina, assim como na Cúria do Pompeu, há outros restos. Os dois edifícios compõem um complexo monumental de 54 mil metros quadrados que Pompeu Magno, um dos maiores militares da história de Roma, construiu na capital para comemorar seus triunfos no Oriente no ano 55 a.C.
 



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