sexta-feira, 5 de outubro de 2012

Um Facebook pré-histórico

Compartilhar fatos do cotidiano nas redes sociais, aguardando comentários públicos, parece ser o meio de comunicação do século XXI. No entanto, um pesquisador da Universidade de Cambridge identificou dois sítios pré-históricos, do final do Mesolítico até a Era do Bronze, que parecem ser uma espécie de ancestral do Facebook.
Mark Sapwell trabalhou com pinturas rupestres feitas em rochedos de Zalavruga, no nordeste da Rússia, e Nämforsen, no norte da Suécia. Por meio da análise de 2.500 desenhos rupestres encontrados nesses locais, o pesquisador acredita ter identificado uma forma de comunicação ancestral entre grupos de caçadores em uma época de transição entre nomadismo e agricultura.
Segundo o estudo, divulgado pela universidade britânica, os petróglifos desses dois sítios pré-históricos eram feitos para ser vistos por outros viajantes, que comentavam as pinturas ou acrescentavam algum desenho a ela. Há imagens repetidas centenas de vezes. Para Sapwell, cada figura reproduzida corresponde a um “curtir” – recurso da rede social Facebook. Muitas vezes, esses diálogos duravam centenas ou até milhares de anos.
História Viva.com

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