Projeto-piloto de trem aéreo da Nasa cruzará céu de Tel Aviv
Um projeto-piloto feito em colaboração com a Nasa (agência
espacial americana) deve levar às ruas de Tel Aviv, em Israel, um trem aéreo
elétrico, com trilhos de alumínio, que está sendo promovido como uma "forma
ecológica e rápida" de facilitar o transporte público.
Segundo anúncio do prefeito de Tel Aviv, Ron Huldai, o chamado "trem aéreo"
terá uma primeira fase com uma linha de 7 km, perto do porto (norte da cidade),
a ser concluída em dois anos.
Os veículos poderão alcançar uma velocidade de 240 quilometros por hora e
"voarão" em uma altura de 7 metros, presos sob trilhos suspensos no ar.
O sistema será movido a eletricidade, parte da qual será "produzida pelo
próprio sistema", disse o diretor da empresa Skytran,
responsável pela tecnologia.
Senders explica que dentro de cada veículo haverá um "motor linear" que será
movido por um misto de eletricidade e ondas magnéticas.
"A principal inovação do projeto é o movimento por intermédio de ondas
magnéticas, e essa é a contribuição tecnológica da Nasa", diz. "Não haverá
atrito entre o veículo e o trilho de alumínio, já que, a partir do momento em
que o veículo começar a se mover, se criará, por meio da onda magnética, uma
especie de travesseiro de ar e cada bondinho navegará no ar."
O único momento em que haverá atrito com o cabo de alumínio será quando o
veículo parar nas estações.
Custos e capacidade
"Trata-se de uma maneira econômica, rápida e ecológica de resolver o problema
do transporte público", diz Senders, afirmando que o projeto custará apenas US$
6 milhões por quilômetro.
Para efeitos comparativos, a prefeitura de Jerusalém concluiu recentemente a
construção de um bonde que cruza a cidade, que durou 12 anos e custou mais de
dez vezes o preço por quilômetro.
Os trilhos de alumínio do trem aéreo de Tel Aviv serão erguidos entre postes,
que também servirão como fonte de energia. "O sistema aproveitará ondas
magnéticas que serão geradas pelo próprio movimento dos veículos sob os trilhos
de alumínio", afirma a prefeitura.
Os veículos serão leves e pesarão apenas 200 quilos cada, e poderão
transportar dois passageiros por vagão. Mas, segundo Sanders, poderá transportar
até 11 mil pessoas por hora.
Os passageiros que entram nos bondinhos podem apertar um botão indicando em
qual estação querem parar, como em um elevador.
"O sistema tem características de uma espécie de internet física", explica
Senders, "uma rede ilimitada de linhas aéreas, que poderá, inclusive, ter
estações dentro de edifícios e sobre os prédios".
BBC.com
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