quinta-feira, 31 de março de 2016

Diferenças genéticas entre gorilas e humanos são de apenas 1,6%

 
Uma gorila chamada Susie está ajudando a proporcionar novos conhecimentos sobre as similaridades e diferenças genéticas entre pessoas e esses ameaçados primatas que estão entre os nossos parentes existentes mais próximos.
Cientistas nesta quinta-feira revelaram uma versão atualizada do genoma do gorila que tem como base o DNA de Susie, uma gorila de 11 anos do Zoológico e Aquário de Columbus em Ohio, nos Estados Unidos, que completa muitas lacunas presentes no primeiro mapa genético de gorila, publicado em 2012.
A nova pesquisa mostra que gorilas e humanos são ligeiramente mais próximos geneticamente do que antes se reconhecia, com genomas divergindo por apenas 1,6%. Somente chipanzés e bonobos têm relação mais próxima com os humanos.
O nova genoma mostra que algumas áreas de diferenças genéticas são os sistemas reprodutivo e imunológico, a percepção sensorial, a produção de queratina (uma proteína chave para a estrutura de cabelo, unhas e pele) e a regulagem de insulina, o hormônio que controla os níveis de açúcar no sangue.
"As diferenças entre as espécies podem ajudar os pesquisadores a identificar regiões do genoma humano que são associadas com melhor cognição, linguagem complexa, comportamento e doenças neurológicas" disse o pesquisador Christopher Hill, da Universidade de Washington, um dos autores do estudo publicado no periódico Science.
"Ter genomas de referência completos e precisos para comparações permite que os pesquisadores descubram essas diferenças", acrescentou ele.

Catálogo de diferenças

O laboratório da Universidade de Washington que conduz a pesquisa trabalha para criar um catálogo das diferenças genéticas entre humanos e grandes macacos como gorilas, orangotangos, chipanzés e bonobos.
Estudos recentes estimam que as linhas evolutivas dos gorilas e dos humanos se separaram entre 12 milhões e 8,5 milhões de anos atrás, segundo Hill.
Os gorilas, que costumam ser encontrados nas florestas da África central, são os maiores primatas do mundo. Um adulto macho pode alcançar 200 quilos.
As populações de gorila estão ameaçadas por atividades humanas como a destruição do seu habitat e a caça.
 

EUA e China assinarão em abril acordo de Paris sobre mudanças climáticas para dar exemplo ao mundo

 
Estados Unidos e China anunciaram nesta quinta-feira que assinarão o pacto global sobre mudança climática alcançado em dezembro em Paris em 22 de abril, primeiro dia para isso, com o objetivo de dar exemplo a outros países e acelerar sua entrada em vigor.
Os dois países mais poluentes do mundo também se comprometeram a tomar medidas para se unir formalmente ao acordo "o mais rápido possível neste ano", segundo anunciou a Casa Branca pouco antes do presidente americano, Barack Obama, se reunir em Washington com seu colega chinês, Xi Jinping.
O primeiro pacto universal de luta contra a mudança climática, alcançado na Cúpula sobre Clima (COP21) em Paris, não entrará em vigor até que tenha sido ratificado por pelo menos 55 países que somem no total 55% das emissões globais.
"Este compromisso ajudará a mobilizar outros países para que o acordo entre em vigor o mais rápido possível. Acreditamos que outros países também o assinarão no mesmo dia ou pouco depois", disse o principal assessor de Obama sobre mudança climática, Brian Deese, em entrevista coletiva telefônica.
O presidente da França, François Hollande, e o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, pediram neste mês a outros países que participem da cerimônia oficial de ratificação do pacto climático, que será realizada em 22 de abril em Nova York.
Em comunicado conjunto emitido antes da reunião entre Obama e Xi, os dois líderes se comprometeram a "promover a implementação completa do acordo de Paris".
O objetivo desse pacto é manter a temperatura média "muito abaixo" de dois graus centígrados com relação aos níveis pré-industriais e os países se comprometerem a realizar "todos os esforços necessários" para que não ultrapasse 1,5 grau.
Os Estados Unidos fixaram para 2025 diminuir suas emissões entre 26% e 28% com relação aos níveis de 2005, enquanto a China prometeu impedir o crescimento de suas emissões poluentes a partir de 2030.
O acordo não requer a ratificação do Congresso dos EUA, embora vários senadores da oposição republicana insistem que o Legislativo deveria ter uma voz e ameaçaram torpedear sua implementação ao negar fundos a algumas iniciativas sobre clima.
Além disso, a Suprema Corte dos EUA mantém bloqueada uma peça fundamental do plano de Obama contra a mudança climática, a destinada a reduzir as emissões de carbono das centrais termoelétricas.
No entanto, o assessor de Obama se mostrou hoje otimista sobre o resultado desse litígio, ao assegurar que o plano "tem uma base legal sólida" e que sua entrada em vigor não estava prevista até 2022, data para a qual esperam que o caso esteja resolvido.
Em qualquer caso, ao não ser um tratado, o presidente que substituir Obama no poder em janeiro de 2017 pode decidir não respeitar os compromissos adquiridos no acordo de Paris, o que explica o interesse da Casa Branca por assentar neste ano a infraestrutura nacional para a implementação do pacto.
Obama e Xi, que fizeram da luta contra a mudança climática uma pedra fundamental de sua relação nos últimos anos, alcançaram hoje outros dois compromissos sobre a matéria.
Em primeiro lugar, acordaram que trabalharão com outros países para emendar o protocolo para proteger a camada de ozônio aprovado em Montreal em 1987 a fim de incluir mais medidas contra os Hidrofluorcarbonos(HFC), um gás de efeito estufa que é usado comumente nos frigoríficos e nos ares condicionados.
Também impulsionarão uma "medida global baseada no mercado que lide com as emissões de efeito estufa da aviação internacional" na Assembleia da Organização Internacional de Aviação Civil (ICAO, em inglês).
 

O que comer (e o que enviar) para dormir bem

Uma em cada três pessoas sofre de insônia em algum momento da vida, e a maioria tem problemas menores para dormir de vez em quando.
A dificuldade para adormecer ou para manter o sono – ou ambas – se deve a vários fatores, que incluem estresse, preocupações e alimentos ingeridos, item que é motivo para várias questões:
Por que algumas bebidas e comidas te dão sono enquanto outros te despertam? É verdade que comer peso dá pesadelos? Ou que leite morno ajuda a dormir?
 
 

Carboidratos x proteínas

O que devemos consumir para dormir bem: carboidratos ou proteínas? A resposta, aparentemente, é: ambos.
A chave é algo que se chama triptófano, um aminoácido que é o precursor de serotonina e da melatonina, os químicos indutores de sono no cérebro.
O triptófano está presente em pequenas quantidades em quase todos os alimentos proteicos e em quantidades mais altas em iogurte, leite, aveia, banana, tâmaras, frango, ovo e milho.
Para que o triptófano tenha efeito, é preciso cruzar a barreira de sangue do cérebro (seu sistema de segurança). Para conseguir isso, ele tem de competir com outros aminoácidos.
Segundo alguns estudos, combinar alimentos ricos em triptófano com carboidratos dá uma vantagem a esse aminoácido.
Os carboidratos estimulam a liberação de insulina, que ajuda a tirar outros aminoácidos do fluxo sanguíneo, dando mais chances ao triptófano de chegar ao cérebro.
Ainda é preciso investigar mais, e é importante levar em conta que a quantidade de triptófano nos alimentos é relativamente pequena e que, por isso, talvez isso tenha um efeito modesto.

A verdade sobre as bebidas do sono

Thinkstock
 
Chá de ervas
O chá de camomila é conhecido como um bom remédio para problemas de dormir. Pesquisas apontam que ele aumenta o nível de glicina, um relaxante muscular, no corpo.
O de valeriana, por sua vez, costumava ser receitado contra a insônia na Roma antiga. A crença era de que a bebida reduzia o tempo levado para dormir e melhorava a qualidade do sono. A passiflora também demonstrou sua capacidade de melhorá-lo.
Acredita-se que ambas aumentam os níveis de ácido gama-aminobutírico (GABA) no cérebro, uma substância que ajuda a regular as células nervosas e diminui a ansiedade.
 
Chá de ervas
O chá de camomila é conhecido como um bom remédio para problemas de dormir. Pesquisas apontam que ele aumenta o nível de glicina, um relaxante muscular, no corpo.
O de valeriana, por sua vez, costumava ser receitado contra a insônia na Roma antiga. A crença era de que a bebida reduzia o tempo levado para dormir e melhorava a qualidade do sono. A passiflora também demonstrou sua capacidade de melhorá-lo.
Acredita-se que ambas aumentam os níveis de ácido gama-aminobutírico (GABA) no cérebro, uma substância que ajuda a regular as células nervosas e diminui a ansiedade.
  • Leite morno
O leite contém melatonina, um hormônio que ajuda a criar o desejo de permanecer dormindo, mas ainda não foi confirmado que tenha um impacto significativo sobre os níveis de melatonina do corpo.
A bebida também contêm triptófano, como mencionamos antes.
Se você acrescentar leite morno a seu cereal, vai receber os benefícios deste indutor de sono, pois terá uma mistura de proteínas e carboidratos que os levarão mais rapidamente ao cérebro.
  • Chocolate quente
O chocolate quente é uma bebida reconfortante que, em alguns lugares, é tomado tradicionalmente antes de dormir.
Mas ele contém cafeína, que é um estimulante, ainda que as quantidades variem dependendo da marca.
Se você têm dificuldades para se manter dormindo, considere substituir o chocolate por um dos chás mencionados acima ou uma bebida com malte.
  • Água
Se você não consegue dormir bem durante a noite inteira porque acorda com sede ou vontade de ir ao banheiro, assegure-se de beber líquidos suficientes durante o dia para se manter hidratado durante toda a noite.
A Autoridade de Segurança Alimentícia Europeia aconselha que as mulheres tomem 1,6 litros por dia e os homens, 2 litros.
  • A última taça
Uma tacinha de algum licor de vez em quando não fará muito mal à sua saúde, mas isso não pode virar um hábito, pois pode provocar problemas sérios – que incluem insônia.
O álcool nos ajuda a continuar dormindo, mas faz com que passemos menos tempo na etapa do sono de movimentos oculares rápidos (MOR), que é a mais satisfatória, e que despertemos durante a noite.

Quando você deve comer?

Thinkstock
 
Ajuste seu relógio interno
Pesquisas recentes mostram que o momento do dia em que você come pode afetar seu sono.
Todos temos um relógio interno que monitora a hora do dia e, pelo que tudo indica, um "relógio alimentício" que monitora horas das refeições.
Um estudo indica que, quando um rato come em horários irregulares, o relógio de seu corpo se desajusta.
Quando a quantidade de comida é limitada, o relógio alimentício anula o do corpo, mantendo o rato acordado até que localize algum alimento.
Os estudos com ratos não são necessariamente indicativos do que acontece com humanos, mas é interessante notar que os padrões de alimentação podem afetar seu sono.
 
Tenha rotina
Dormir é uma rotina, logo ter padrões regulares de alimentação fará com que seja mais fácil descansar durante a noite.
É uma boa ideia jantar quatro horas antes de se deitar e estabelecer um ritual de tomar chá de ervas antes de ir dormir.

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Você é uma pessoa do dia ou da noite?

Pesquisas indicam que ser uma pessoa madrugadora ou noturna é determinado por seu cronotipo.
As horas do dia em que você come variam de acordo com seu cronotipo: os madrugadores quase sempre tomam café da manhã antes de meia hora depois de acordar, enquanto as pessoas noturnas tendem a pular o café da manhã e comer tarde à noite.

Que comidas e bebidas roubam nosso sono?

Queijo
A ideia de que o queijo dá pesadelos acompanha algumas culturas desde pelo menos o século 17. Mas isso faz sentido?
Já foi dito que a grande quantidade de tiramina que há no alimento poderia estar vinculada aos sonhos.

Ap

A tiramina afeta a liberação de noradrenalina, produzida na região do cérebro responsável pelo sono MOR – que está relacionada aos sonhos.
Mas muitos outros alimentos contém níveis semelhantes de tiramina e não são vistos como tiranos. Por isso, parece não haver ligação direta entre comer queijo e ter pesadelos.
  • Café
A cafeína pode interferir no processo de dormir ou evitar que durmamos profundamente.
Todos temos níveis diferentes de tolerância à cafeína, mas se você está sentindo dificuldade para dormir, evite tomar café à noite e talvez até de tarde.
Pesquisas recentes indicam que o café também pode ter impacto no sono ao desacelerar seu relógio biológico.
Um estudo mostrou que tomar um expresso duplo três horas antes de deitar atrasou a produção de melatonina em cerca de 40 minutos.

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Açúcar
Um estudo recente indica que uma dieta rica em açúcar não é boa para dormir.
Na pesquisa, o açúcar fez com que participantes acordassem durante a noite.
Há poucos estudos sobre os efeitos do açúcar na qualidade do sono, mas, se você consome muitos alimentos ou bebidas açucaradas antes de dormir, provavelmente experimentará uma entrada de energia que não é ideal para esse momento.

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Álcool
Após uma noite de bebedeira, provavelmente será mais fácil dormir. A má notícia é que o álcool perturba os padrões e ciclos que ocorrem enquanto dormimos.
Ao longo de uma boa noite de sono, a pessoa normalmente tem entre seis e sete ciclos MOR. Após uma noite de bebidas, porém, terá somente uma ou duas.

Pa

Pimenta
Acredita-se que comida apimentada provoque indigestão e aumente a temperatura de seu corpo, e a combinação de ambas prejudicam o sono.
Uma pesquisa indica que uma queda na temperatura corporal dispara a sensação de que é hora de ir para a cama. No estudo, os participantes que colocaram molhos picantes na comida demoraram mais para adormecer e dormiram menos que o normal.
Percebeu-se que, nas noites em que eles comeram condimentos, sua temperatura corporal esteve elevada durante o primeiro ciclo de sono.
Curiosamente, banhos quentes podem ajudar a dormir, pois a temperatura de seu corpo cai rapidamente depois deles.
BBC Brasil

terça-feira, 29 de março de 2016

Manuscrito de Newton sobre a "pedra filosofal" foi encontrado

Newton (Foto: Wikimedia/Godfrey Kneller/The Chemical Heritage Foundation)
 
Após passar um longo período em uma coleção privada, manuscritos de Isaac Newton relacionados à pedra filosofal foram adquiridos pela American Chemical Heritage Foundation, dos Estados Unidos.
Histórias sobre pedra filosofal começaram a surgir em anotações a partir de 300 d.C. Ela se tornou popular entre alquimistas por supostamente ser o elixir da vida, capaz de imortalizar as pessoas.
Já no caso do manuscrito de Newton, que foi escrito em latim no século 17, a pedra filosofal seria uma substância capaz de transformar metais como mercúrio e cobre em ouro ou prata. O documento em questão conta com descrições de experimentos de outro alquimista, George Starkey, bem como anotações de Newton sobre o assunto.
Os processos descritos envolvem o "mercúrio filosofal" que, como explica o curador da American Chemical Heritage Foundation, James Voelker, "era a substância que os cientistas acreditavam ser capaz de quebrar metais em elementos". "A ideia era realizar esses processos para depois transformar os elementos em outros metais", conta. A noção dessa substância foi desenvolvida por um terceiro alquimista, Eirenaeus Philalethes, e acreditava-se que ela seria essencial para a criação da pedra filosofal.
Como aponta o Science Alert, nas anotações não fica claro se Newton tentou desenvolver a pedra. Ainda há uma leva de manuscritos do cientista que não foi divulgada ao público. Em 1936, os herdeiros dele venderam esses documentos para colecionadores e só depois de décadas, aos poucos, começaram a voltar para instituições públicas. A maior parte das anotações relacionadas aos experimentos de Newton no momento está na Universidade de Cambridge, na Inglaterra, onde o cientista conduziu suas pesquisas.
Agora que o texto relacionado à pedra filosofal está nas mãos da American Chemical Heritage Foundation, a Universidade de Indiana, nos Estados Unidos, dará início ao projeto "A química de Isaac Newton", em que os documentos ficarão disponíveis online para estudo. "A coleção é gigantesca. Estima-se que Newton tenha escrito mais de um milhão de palavras relacionadas à alquimia", afirma Voelker. 
 

"Reconstrução" de Palmyra é ilusório, segundo especialistas



"Especialista da Unesco duvida da possibilidade de se reconstruir Palmyra".

A historiadora Annie Sartre-Fauriat, membro do grupo de especialistas da Unesco para o patrimônio sírio, duvida da "capacidade de se reconstruir Palmyra", depois de ver as destruições e os saques no local e no museu, também "devastado" pelo grupo jihadista Estado Islâmico (EI).
"Todo o mundo se entusiasma porque Palmyra foi libertada, entre aspas, mas não se pode esquecer de tudo que foi destruído e da catástrofe humanitária do país. Estou perplexa com a capacidade, inclusive com a ajuda internacional, de reconstruir Palmyra", disse a historiadora especialista em Oriente Médio.
Annie integra o grupo de especialistas constituído pela Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (Unesco) em 2013 sobre o patrimônio sírio.

Sartre-Fauriat integra o grupo de especialistas constituído pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) em 2013 sobre o patrimônio sírio.
"Quando ouço dizer que se vai reconstruir o templo de Bel, me parece ilusório. Não se pode reconstruir algo que se encontra em um estado de escombros e de pó. Construir o quê? Um templo novo? Talvez haja outras prioridades na Síria antes de reconstruir as ruínas", observa.
Além da cidadela do século XIII, arrasada durante os combates na cidade, foram destruídas duas joias de Palmira, os templos de Bel e de Baalshamin, assim como o Arco de Triunfo, algumas torres funerárias e o Leão de Al-Lat.
'Pérola do deserto' Conhecida como "a pérola do deserto", Palmira tem mais de 2.000 anos de antiguidade. É considerada Patrimônio Mundial da Humanidade da Unesco.
O responsável por Antiguidades e Museus da Síria disse à AFP, que serão necessários pelo menos cinco anos para reabilitar os monumentos destruídos, ou danificados em Palmira, ocupada pelos radicais, durante dez meses.
"Se tivermos a aprovação da Unesco, serão necessários cinco anos para restaurar os imóveis destruídos e danificados, declarou Maamun Abdelkarim.
"Temos pessoal qualificado, temos conhecimento e estudo, mas é necessária a aprovação da Unesco, e poderemos começar os trabalhos em um ano", acrescentou.
 

Museu saqueado
"Também será necessário que a guerra acabe e o sítio seja protegido", afirma Sartre-Fauriat.
 Segundo Sartre-Fauriat, que recebe sem parar novas fotografias e vídeos diretamente da região, "muitos vestígios têm de ser dados por perdidos".
Em um vídeo recebido, vê-se pela primeira vez o interior do museu de Palmira, transformado em tribunal. De acordo com fotografias, "os personagens das tampas dos sarcófagos foram martelados, todas as estátuas, derrubadas, decapitadas, quebradas...", lamentou a especialista.
Típicas de Palmira, as lápides "foram arrancadas de forma selvagem das paredes, provavelmente para serem vendidas pelo Daesh no mercado de arte", apontou.
 
Especialista da Unesco duvida da possibilidade de se ...


 Vista geral da antiga cidade síria de Palmira em foto do domingo (27). Estado Islâmico controlava a região e destruiu parte dos monumentos da cidade considerada patrimônio da humanidade (Foto: Maher Al Mounes / AFP)

Comer devagar ajuda a manter um hálito bom

Mastigar lentamente aumenta o estímulo das glândulas salivares, melhorando a quantidade e a qualidade da saliva.
 
Um hálito agradável depende de bons hábitos que estejam ligados diretamente às condições salivares. E não somente o que você come, mas também como você faz isso pode influenciar muito nessa questão. Comer devagar estimula a salivação tanto na forma quantitativa (volume) como na forma qualitativa (equilíbrio entre os componentes da saliva). Por isso, a partir de agora se você quer ter um hálito legal, comece a reservar um bom tempo para suas refeições.
Quando comemos devagar, além de apreciamos melhor o gosto dos alimentos, estimulamos a manutenção da nossa saliva. “Saliva de boa qualidade para prevenir alterações do hálito é aquela capaz de exercer suas funções básicas como formação do bolo alimentar, lubrificação das mucosas bucais, hidratação da cavidade bucal, dentre muitas outras com o objetivo de auto limpeza”, diz Marignês Theotonio Dutra, Coordenadora do Curso de Halitose Oficial da ABHA (Associação Brasileira de Halitose).
 
Quando comemos devagar, além de apreciamos melhor o gosto dos alimentos, estimulamos a manutenção da nossa saliva
 
Comer devagar significa mastigar mais vezes, aumentando o estímulo das várias glândulas salivares e estimulando maior produção e mais trocas desse fluido. “Quem mastiga mais e várias vezes por dia está sempre com “saliva nova” na boca. A “saliva velha” ou aquela que fica parada na cavidade bucal sem ser renovada pode acabar exalando compostos mau cheirosos”, diz a especialista.
Mantendo a saliva saudável
Mas comer devagar não é a única forma de manter a saliva saudável e o hálito bom. A saliva responde a uma série de estímulos neuronais, ou seja, além de boa alimentação e muita ingestão de água (cerca de 95% da saliva é água), também dependemos de nosso estado emocional e de alguns hábitos para manter as condições da boca em ordem.
“As alterações emocionais como o stress, mesmo que momentâneas, podem ter como consequências alterações do fluxo salivar gerando descamação da mucosa, facilitando a aderência de nutrientes, acelerando a atividade bacteriana bucal e favorecendo a formação da placa na língua (saburra lingul) e, consequente, alterando o hálito”, diz Marignês.
Para espantar esse tipo de problema e tantos outros que podem acabar afetando a qualidade e a quantidade da saliva, Marignês fez uma lista de hábitos saudáveis:
- Exercite-se regularmente (de 3 a 4 vezes por semana), pois você consegue lidar melhor com situações adversas quando tem endorfina disponível.
- Exponha-se a luz natural. O sol também é um estímulo salivar importante além de aumentar a disponibilidade de Vitamina D.
- Coma a cada 3 horas para manter o seu metabolismo ativo e realizar trocas salivares (formar saliva nova).
- Alimente-se com frutas cítricas (laranja, abacaxi, mexerica, limão, kiwi, maçã, etc.). Lembre-se que um adulto saudável deve ingerir pelo menos 4 porções de frutas por dia.
- Procure consumir alimentos com fibras como cereais e itens integrais. Também coma folhas e  
- Consuma muita água (mínimo diário de 02 litros ou 08 copos) ao longo do dia.
Mastigação e digestão
Alimentos mau mastigados e que são engolidos aos pedaços acabam não sendo adequadamente metabolizados ou digeridos e ficam por mais tempo dentro do organismo formando gases que são transportados pela corrente sanguínea e liberados na respiração.
“Esses gases podem exalar compostos mau cheirosos dependendo do tipo de alimento ingerido. Uma dica: alimentos que têm maior dificuldade de digestão se não forem bem mastigados são as proteínas animais como carnes e gorduras”, diz a especialista. Por isso, comer devagar e atento a cada mastigação é fundamental para ter um hálito bom e uma boca saudável.
 

Astrônomos encontram a galáxia mais luminosa já observada

Uma simulação da galáxia mais brilhante encontrada, até então sem nome (Foto: Divulgação)

Recentemente, astrônomos descobriram a galáxia mais brilhante já avistada no Universo, com estrelas tão luminosas que, literalmente, faltaram palavras para descrevê-las.
De acordo com uma equipe da Universidade de Massachussetts Amherst, os termos “ultra-luminoso” e “hiper-luminoso” não fazem justiça ao brilho emitido pelas estrelas desta galáxia, então foi necessário criar um novo termo para se referir aos astros. “Estamos chamando de 'outrageously luminous’ [escandalosamente luminosos, em tradução livre], porque não há termo científico que possa ser aplicado”, explica um dos pesquisadores, Kevin Harrington.
Os astrônomos encontraram a galáxia graças ao Grande Telescópio Milimétrico, que fica no México, e com a ajuda da sonda espacial Planck e do Observatório Espacial Herschel, ambos administrados pela Agência Espacial Europeia.
As primeiras estimativas apontam que esta galáxia, que ainda não foi nomeada, tem cerca de 10 bilhões de anos de idade, tendo sido formada cerca de 4 bilhões de anos depois do Big Bang.
Ponto fora da curva Para categorizar a luminosidade de uma galáxia, há uma escala chamada ‘luminosidade solar’. Galáxias que emitem até 1 trilhão de luminosidade solar são chamadas de ‘ultra-luminosas’. As que emitem acima disso e até 10 trilhões de luminosidade solar são consideradas ‘hiper-luminosas’. O problema é que esta nova galáxia encontrada emite cerca de 100 trilhões de luminosidade solar. “Em teoria, isto nem existiria. Ela é grande demais e luminosa demais, por isso ninguém nunca procurou por algo assim”, afirma o pesquisador-chefe, Min Yun.
Agora que a ciência sabe da existência de galáxias assim, esta descoberta ajudará os astrônomos a estudarem as condições do princípio do Universo. “Ter consciência de quanto essa galáxia cresceu nos bilhões de anos desde seu surgimento nos ajudará a estimar quanto material havia na juventude do Universo. As coisas parecem muito mais complexas agora do que achávamos que eram”, completa Min Yun.
Galileu.com

segunda-feira, 28 de março de 2016

Japão perde contato com satélite que buscava informações sobre buracos e negros e galáxias

Satélite japonês Astro-H ou “Hitomi”

O Japão perdeu contato com seu satélite astronômico Astro-H, lançado em 17 de fevereiro para observar buracos negros e agrupamentos de galáxias. Um porta-voz da Agência de Exploração Espacial Japonesa (Jaxa, sigla em inglês) confirmou as informações nesta segunda-feira. De acordo com comunicado da Jaxa, o contato com o aparelho falhou desde o início de suas operações, programadas para o último sábado às 4h40 (horário de Brasília).
A causa da falha de comunicação está sendo investigada e a agência está tentando recuperar o contato após ter recebido um breve sinal do satélite. Mesmo assim, Jaxa reconheceu que ainda não é capaz de estabelecer qual é o estado do equipamento.
Problemas - O Centro Conjunto de Operações Espaciais dos Estados Unidos (JSpOC, sigla em inglês), que rastreia objetos artificiais em órbita ao redor da Terra, informou através do Twitter que observou cinco objetos perto da posição do satélite japonês, o que sugere que o aparelho pode ter sofrido várias "rupturas". No entanto, o astronauta do Centro de Astrofísica de Harvard-Smithsonian, Jonathan McDowell, comentou através das redes sociais que a presença de "destroços" não significa que o aparelho "tenha se despedaçado", mas que pequenas peças tenham se desprendido dele e que o satélite "poderia estar, basicamente, intacto".
Astro-H tem cerca de 14 metros de comprimento e 2,7 toneladas, sendo o satélite mais pesado lançado até agora pelo Japão. O dispositivo, fabricado pela Jaxa e pela Nasa, em conjunto com outras instituições, tinha o objetivo de orbitar a cerca de 580 quilômetros de distância da superfície terrestre para observar buracos negros e galáxias distantes através de seus detectores de raios gama e quatro telescópios de raios X. O satélite foi lançado a bordo de um foguete H-2A da estação espacial situada na ilha de Tanegashima, na província de Kagoshima, no sudoeste do Japão.
Veja.com

Ártico registra menor extensão de gelo durante o inverno da história

A área de gelo do Ártico atingiu sua pior marca da história durante o inverno: 14,52 milhões de quilômetros quadrados, a menor ponto máximo desde quando os satélites passaram a monitorar as geleiras do norte do globo
 
A área de gelo do Ártico atingiu sua pior marca da história durante o inverno: 14,52 milhões de quilômetros quadrados, a menor ponto máximo desde quando os satélites passaram a monitorar as geleiras do norte do globo.
A calota polar do oceano Ártico atingiu sua menor extensão para um inverno da história, segundo cientistas do Centro Nacional de Dados Sobre Neve e Gelo, apoiado pela Nasa.

No dia 24 de março, a área do gelo atingiu 14,52 milhões de quilômetros quadrados, a menor extensão para o inverno desde quando os satélites passaram a monitorar as geleiras do norte do globo, em 1979. O último recorde tinha acontecido no ano passado, quando a extensão máxima do gelo ficou em 14,54 milhões de quilômetros quadrados.
A cada ano, a camada de gelo que flutua no oceano Ártico e nos mares adjacentes derrete durante a primavera e verão, voltando a congelar no outono e inverno, atingindo sua extensão máxima entre os meses de fevereiro e abril. As 13 menores extensões máximas registradas aconteceram nos últimos 13 anos.
Os especialistas afirmam que os padrões de vento no Ártico durante janeiro e fevereiro foram desfavoráveis para o crescimento do gelo porque trouxeram o ar quente do sul, o que impediu a expansão da cobertura de gelo. O aquecimento global deve manter essa tendência de queda na área de gelo do Ártico.
"É provável que continuaremos vendo máximas menores no futuro, porque, além de a atmosfera estar mais quente, o mar também tem se aquecido. O oceano mais quente não vai deixar que a borda de gelo se expanda até o sul como costumava acontecer", afirmou Walt Meier, cientista da Nasa.
 

Clementinum, uma das bibliotecas mais lindas do mundo

Bibliotecas definitivamente não são apenas edifícios construídos para abrigar livros. Em termos práticos, elas podem até ter essa finalidade, mas a verdade é que são algo muito mais especial do que isso. Há algo de mágico no ar das bibliotecas. É como se as incontáveis obras literárias que repousam serenas em suas prateleiras concedessem sacralidade ao lugar. Penso nos livros como materializações empoeiradas das ideias de seres humanos que deixaram este mundo há muito tempo. Ou, em alguns casos, de autores que ainda vivem - todos se encontram na biblioteca. É ali, naquele templo democrático do saber, que o conhecimento da humanidade se condensa dentro de miolos e lombadas, tornando-se eterno e maravilhosamente acessível.
Muitas bibliotecas não são belas apenas no aspecto simbólico: várias delas são construções majestosas que contribuem ainda mais para o ar sagrado que domina o ambiente. É o caso do Clementinum, que fica em Praga, na República Tcheca. Ele foi eleito pelo site Bored Panda como a biblioteca mais bonita do mundo. Construído em 1722, o edifício é uma pérola da arquitetura barroca. O Clementinum abriga cerca de 20 mil livros e foi por muito tempo considerado como o terceiro maior colégio jesuíta do mundo. O teto é repleto de afrescos do pintor Jan Hiebl. Confira algumas fotos:
 
 (Foto: LuizLouisLuix | reprodução)
 
 (Foto: klementinum | reprodução)
 
 (Foto: klementinum | reprodução)
 
 (Foto: Olivier Martel Savoie | reprodução)
Galileu.com
 
 

Cientistas criam organismo com o menor número de genes na história

Reprodução microscópica do Syn 3.0 (Foto: Reprodução)
 
Há 20 anos, uma equipe liderada pelo cientista norte-americano Creg Venter está em busca do “genoma mínimo”, isto é, o organismo com o menor número de genes possível. Desta vez, parece que eles encontraram.
A Syn 1.0, criada em laboratório a partir do código genético do Mycoplasma mycoides, micróbio encontrado em vacas, tem apenas 473 genes, aproximadamente metade do organismo original e algumas dezenas de milhares de vezes menor que plantas e animais. O organismo com o menor número de genes já encontrado é o Mycoplasma genitalium, que tem 523.
Para criar a bactéria semi-sintética, a equipe de Venter transplantou o pacote artificial de DNA para uma célula de Mycoplasma mycoides, que já estava sem genoma. O Syn 1.0 é o resultado dessa operação e se reproduziu com sucesso.
Este primeiro sucesso foi atingido em 2010, mas, para reduzir ainda mais a quantidade de genes, diversos outros experimentos foram feitos e, hoje, o organismo semi-sintético já se chama Syn 3.0.
Inicialmente, Venter acreditava que era possível criar um organismo com 300 genes. Contudo, depois de chegar ao Syn 3.0, percebeu que já estão perto do limite. A equipe ainda acredita que é possível diminuir ainda mais o código genético do organismo semi-sintético, então está estudando os 149 genes presentes no Syn 3.0 que têm suas funções desconhecidas.
De acordo com Daniel Gibson, coautor da pesquisa, o resultado é um grande passo no entendimento do mínimo necessário para a vida. “A longo prazo, sempre pensamos em desenhar e construir organismos sob demanda, com a possibilidade de inserir funções específicas e poder prever o que pode acontecer”, disse ele. “Essas células poderão ser ‘chassis’ para a medicina, bioquímica, indústria, biocombustíveis, nutrição e agricultura, por exemplo”, afirmou Gibson.
Galileu.com

Islândia está construindo novo templo para deuses nórdicos

Odin, deus dos deuses nórdicos (Foto:  Flickr / Bart (cayusa))
 
Odin, deus dos deuses nórdicos
Desde o surgimento do Cristianismo em países escadinavos, entre os séculos VIII e XII, era proibido construir templos que homenageassem a crença original do território, o paganismo nórdico. Contudo, depois de cerca de mil anos, isso está começando a mudar. Uma organização islandesa, a Asatruarfelagid, que promove a fé dedicada aos deuses nórdicos, conseguiu fundos suficientes (e permissão do governo) para construir o primeiro templo pagão em um milênio, dedicado a deuses como Thor, Odin e Freya. 
O templo, de forma circular, deve ser construído próximo à capital do país, Reykjavik, enterrado em uma colina, com um domo de vidro para permitir a entrada de luz solar. Entre as atividades do templo, estão previstas cerimônias oficiais como casamentos e funerais, batizados e missões para adolescentes. Há também a tradicional cerimônia de "Blot", com direito a dança, música, comida e leituras, mas sem sacrifícios animais. 
Segundo o alto sacerdote da igreja, Hilmar Orn Hilmarsson, que também é um dos responsáveis pela construção, a ideia de sua organização não é quebrar a tradição cristã que foi imposta no país, e sim refletir a complexidade espiritual histórica do país, como escreve o Big Think
Para Hilmarsson, não é apenas uma questão de fé. "Eu não acho que alguém acredite em um deus de um olho só que cavalga em um cavalo gigantesco. Enxergamos essas histórias como metáforas poéticas e uma manifestação de forças da natueza e da psicologia humana", explicou ele ao The Telegraph.
Seja como for, uma coisa é fato: o neopaganismo vem ganhando cada vez mais força entre o povo islandês. O número de membros da sociedade de Hilmarsson triplicou na última década, atualmente contando com 2.400 membros. Com a construção do templo, que certamente vai chamar a atenção de visitantes e curiosos, a tradição pagã deve ficar ainda mais fortalecida.

Vitamina encontrada em carnes pode ajudar a conter o envelhecimento

Um experimento científico que está em fase de testes tem buscado entender como a vitamina  B3 pode ajudar a conter o processo de envelhecimento do corpo humano.
 
Vitamina B3 ajuda a elevar níveis de antioxidantes no organismo, o que pode retardar o processo de envelhecimento da célula
 
Uma das causas do envelhecimento é a presença de radicais livres no organismo – eles oxidam nossas células e muitas vezes causam sua destruição. Para evitar esse processo, os antioxidantes que consumimos servem para acabar com os radicais livres e minimizar o dano deles às células.

O que esse grupo de cientistas está buscando é justamente uma forma de aumentar os níveis de antioxidantes das células. E os esforços se concentram na vitamina B3, encontrada em alimentos como frango, porco e atum.
"O que nós temos feito é aumentar o processo natural dos antioxidantes no corpo. Fizemos isso com ratos por meio de modificações genéticas, e esses ratos viveram mais e com mais saúde", explicou Manuel Serrano, do Centro Nacional de Pesquisa sobre o Câncer na Espanha, que é um dos líderes do estudo.
Segundo Serrano, não é possível replicar o experimento com modificações genéticas em seres humanos, mas o grupo tem feito testes para saber se dá para atingir o mesmo resultado de outra maneira. A ideia é aumentar a síntese de derivados da vitamina B3 para, consequentemente, melhorar os níveis de antioxidantes no organismo.
"Os derivados da vitamina B3 são a chave para a defesa dos antioxidantes do nosso corpo. Então uma possibilidade que estamos estudando é que, complementando a dieta com vitamina B3, poderíamos melhorar esse processo de defesa", afirmou. "Ainda não temos a certeza de que isso daria certo. É algo que precisamos testar para ver se tem um impacto na defesa dos antioxidantes."
 
Carnes vermelhas são alimentos ricos em vitamina B3, mas nem por isso devem ser consumidas em excesso
 
Caso isso se confirme, o consumo de alimentos que contenham vitamina B3 seria importante para o aumento dos antioxidantes no organismo – o que em tese poderia conter o envelhecimento. Essa vitamina pode ser encontrada em alimentos como atum e outros peixes, frango, carne de porco, fígado, ovos, leite, amendoim e arroz.
Mas Serrano alerta que nada consumido em excesso vai fazer bem. "Acho que quando o assunto é comida, a melhor estratégia é ter uma dieta balanceada, porque, com certeza, frango e porco têm outras substâncias que não são tão boas. Então não quero dizer às pessoas para comerem o quanto quiserem de frango e porco. Acho que isso não seria racional", ressaltou.
 

Água demais pode fazer mal e até matar (?)


Água mortal: beber água mais rapidamente do que seu corpo consegue eliminar por meio do suor, urina ou expiração pode matar você

Que a água é essencial para a vida, todo mundo sabe. O líquido constitui 66% do corpo humano e está presente no sangue e nas células, além de preencher os espaços entre eles. O corpo perde água a todo o momento por meio do suor, da urina, fezes e expiração, entre outras “rotas de fuga”. Reabastecer os estoques é essencial, mas a reidratação também pode ser excessiva. Uma overdose de água pode ser fatal.

No começo de 2007, uma mulher de 28 anos de idade, na Califórnia, morreu após participar de um concurso de uma rádio para ver quem conseguia tomar mais água. Após ingerir seis litros em apenas três horas na competição – cujo prêmio era um videogame Nintendo –, Jennifer Strange vomitou, foi para casa com uma terrível dor de cabeça e morreu de “intoxicação por água”.

Há outros exemplos de mortes trágicas por excesso de água. Em 2005, em uma república de estudantes na California State University, uma mulher de 21 anos morreu depois de ser forçada a beber quantidades absurdas de água entre sessões de flexões de braço, em um porão gelado. Já houve também casos de morte de usuários de ecstasy em boates, depois de beberem grandes quantidades de água para tentar se reidratar após noites seguidas dançando e suando. Um estudo de 2005 do New England Journal of Medicine revelou que cerca de um sexto dos maratonistas desenvolvem algum grau de hiponatremia, ou diluição do sangue, que acontece quando se bebe água demais.

Ao pé da letra, hiponatremia quer dizer “sal insuficiente no sangue”, ou seja, uma concentração de sódio no sangue abaixo de 135 milimoles por litro – a concentração normal fica entre 135 e 145 milimoles por litro. Casos graves de hiponatremia podem levar à intoxicação por água, uma doença cujos sintomas incluem dores de cabeça, fadiga, náusea, vômito, urinação freqüente e desorientação mental.
Em humanos, os rins controlam a quantidade de água, sais e outros solutos que deixam o organismo, “peneirando” o sangue através de seus milhões de túbulos. Quando uma pessoa bebe água demais em pouco tempo, os órgãos não conseguem liberar essas substâncias rapidamente o bastante, e o sangue fica “encharcado”. Atraída por regiões onde a concentração de sais e outras substâncias dissolvidas é mais alta, a água em excesso deixa o sangue e entra imediatamente nas células, que incham como balões para conseguirem acomodá-la.

A maioria das células tem espaço para se expandir, pois fica em tecidos flexíveis, como gordura e músculo, mas este não é o caso dos neurônios, apertados dentro da caixa craniana – que ainda é dividida com o sangue e o líquido cérebro-espinhal, explica Wolfgang Liedtke, neurocientista clínico do Centro Médico da Duke University. “No crânio quase não há espaço para que eles se expandam ou inchem”, ele afirma.

É por isso que o edema ou inchaço cerebral pode ser desastroso. “A hiponatremia rápida e grave causa a entrada de água nos neurônios, levando ao inchaço que se manifesta em convulsões, coma, falha respiratória, hérnia cerebral e morte”, explica M. Amin Arnaout, chefe da nefrologia do Massachusetts General Hospital e da Harvard Medical School.
E onde as pessoas arranjaram essa idéia de que beber enormes quantidades de água é saudável? Anos atrás, Heinz Valtin, especialista em nefrologia da Dartmouth Medical School, decidiu verificar se o conselho comum de se tomar oito copos de água por dia resistiria à prova científica. Após pesquisar toda a literatura científica sobre o assunto, Valtin concluiu que nenhum estudo endossa os oitos copos de água diários (para adultos saudáveis que vivem em climas temperados e fazem algum tipo de exercício). Na verdade, tomar essa quantidade de água ou mais “poderia ser prejudicial, tanto pelo perigo da hiponatremia quanto pela exposição a poluentes, além de fazer com que as pessoas se sintam culpadas por não beberem água suficiente”, ele escreveu no American Journal of Physiology—Regulatory, Integrative and Comparative Physiology em 2002. Desde a publicação de sua descoberta, diz Valtin, “nenhum estudo em uma publicação na área provou o contrário.”
A maioria dos casos de intoxicação por água não acontece simplesmente por beber água demais, explica Joseph Verbalis, do Georgetown University Medical Center. “Geralmente é uma combinação de ingestão excessiva de líquidos e maior secreção de hormônio antidiurético, ele diz.” Produzido pelo hipotálamo e secretado na corrente sanguínea pela glândula pituitária posterior, esse hormônio faz com que os rins retenham água. A sua secreção aumenta em períodos de estresse físico – durante uma maratona, por exemplo – e pode fazer com que o organismo retenha água mesmo se a pessoa beber quantidades excessivas.

A cada hora, um rim saudável em repouso consegue excretar de 800 a 1000ml de água – assim, uma pessoa pode beber água a uma velocidade de 800 a 1000ml por hora sem ter um ganho líquido da substância, explica Verbalis. Se a mesma pessoa está correndo uma maratona, no entanto, o estresse da situação irá aumentar os níveis do hormônio antidiurético, reduzindo a capacidade de excreção para até 100ml por hora. Beber de 800 a 1000ml de água por hora sob essas condições poderia levar a um ganho líquido em água, mesmo se a pessoa estiver suando consideravelmente, ele diz. 
Ao praticar exercícios físicos, “você deveria equilibrar a quantidade da água que bebe com a quantidade de suor que produz”, e isso inclui bebidas isotônicas, que também podem causar hiponatremia quando consumidas em excesso, aconselha Verbalis. “Se você está suando 500ml por hora, deveria ingerir o mesmo volume de água.”

No entanto, medir o suor não é nada fácil. Como um maratonista, ou qualquer pessoa, pode determinar o volume de água a ser consumido? Se você é saudável e ainda tem um barômetro de sede que não tenha sido prejudicado pela idade ou pelo uso de medicamentos, siga o conselho de Verbalis: “beba água de acordo com sua sede. É o melhor indicador”.
Scientific American Brasil

Cometa que passou de raspão era maior do que se esperava

O cometa P/2016 BA14, que passou raspando pela Terra na semana passada, era muito mais do que os cientistas haviam imaginado de início. Dados divulgados pela Nasa recentemente mostram que ele tem formato muito irregular, o que causou a estimativa inicial errada.
 
 
No dia 22 de março, o cometa BA14 (como é chamado pelos íntimos) passou a “apenas” 3,5 milhões de quilômetros da Terra. Essa é a terceira menor distância registrada por cientistas na história.
Inicialmente, cientistas haviam calculado um diâmetro de cerca de 115 metros (metade dos 230 metros de seu irmão 252P/LINEAR). Após a aproximação e a coleta de informações sobre o BA14, no entanto, chegou-se a um novo diâmetro.
Graças a imagens capturadas por radares, os cientistas descobriram que o diâmetro do BA14 era de um quilômetro—número muito superior ao imaginado anteriormente.
“Pudemos obter imagens de radar muito detalhadas do cometa durante três noites de aproximação”, disse Shantanu Naidu, pesquisador do laboratório de propulsão da Nasa em um comunicado oficial da agência espacial.
“As imagens nos mostram que ele tem um formato irregular: parece um tijolo de um lado e uma pera do outro”, disse Naidu. Outra informação sobre o corpo obtida com as imagens é que ele completa um giro em torno de si mesmo a cada 35 a 40 horas.
Exame.com

domingo, 27 de março de 2016

Por que há 26 cidades nos EUA chamadas Moscou?

Estados Unidos e Rússia (e, antes dela, a antiga União Soviética) são “rivais” históricos e colecionam desentendimentos ao longo dos anos, mas eles também têm algo em comum. A capital russa dá nome a 26 cidades americanas – algo que pode ser considerado no mínimo curioso.
 
Mais de 20 cidades americanas levam o nome de Moscou
 
Quem descobriu esse número foi a professora de geografia Ren Vasilyev, da Universidade Estadual de Nova York em Geneseo (noroeste dos Estados Unidos), que quando era estudante decidiu fazer uma pesquisa para descobrir quantas “Moscous” (em inglês, Moscow) existiam dentro dos Estados Unidos.
Era 1986, um período de tensão por causa da Guerra Fria entre Washington e Moscou e em tempos em que não havia internet – por isso, uma tarefa como essa exigia ainda mais trabalho de campo.
Com muita paciência, ela buscou nos livros de história dos condados onde estavam as cidades e descobriu que, na realidade, essas “Moscous” não tinham nada a ver com a famosa capital russa.
Muitas sequer tinham pronúncia igual. Na verdade, com o sotaque do sul ou com a pronúncia mais aberta do fim da palavra, fica até bem difícil de identificar a semelhança com o nome da cidade russa.
Curiosidade infantil
Os habitantes das Moscou americanas não são indiferentes ao nome dos locais onde vivem.
Esse é o caso de Jack Spaulding, da Moscou do Estado de Indiana, que desde pequeno teve curiosidade quanto à origem do nome do local onde nasceu.
“Perguntava para todos os adultos e ninguém sabia de onde aquele nome tinha vindo”, explicou Spaulding.
No entanto, ele nunca conseguiu respostas exatas – diziam ao garoto, por exemplo, que Moscou era onde as vacas (cow, em inglês) iam comer musgos (moss, em inglês) e aí se fez um jogo de palavras que acabou em “Moscou”.
“Ninguém tinha ideia de onde vinha o nome”, contou Spaulding.
 
"Versões" americanas de Moscou não têm as construções típicas da capital russa, como o Kremlin
 
Nativos americanos
Também há uma Moscou em Tennessee – essa tem uma explicação mais plausível. Acredita-se que seja a versão em inglês para uma palavra dos nativos americanos que significa “entre dois rios”.
Há outra no Kansas, que tem origem em um erro ortográfico.
As autoridades da cidade quiseram nomeá-la em homenagem ao conquistador espanhol Luis de Moscoso, mas decidiram simplificar o nome e escolheram “Mosco”.
No entanto, quando solicitaram autorização para terem um posto dos correios, os funcionários acrescentaram a letra “w” no final.
“Alguém em Washington pensou que ‘essas pessoas tontas do Kansas não sabiam o que estavam fazendo e escreveram o nome errado’ e acrescentaram o 'w'”, explicou Ren Vasilyev à BBC.
Ao fim da pesquisa, Vasilyev percebeu que a razão mais comum para que todas essas cidades levassem o nome de Moscou nos Estados Unidos é o fato de que outros nomes de lugares mais comuns já haviam sido utilizados.
 
“A maioria dos nomes mais populares, como Spring Valey, Springfield ou Blossom Hill já haviam sido tomados, então as pessoas começaram a buscar outros nomes exóticos, com a esperança de que ninguém os tivesse utilizado”, explicou.

Comunismo e Olimpíada

Diante de todas as tensões entre Rússia e Estados Unidos durante a Guerra Fria, só uma dessas cidades chamadas Moscou decidiu mudar de nome.
Trata-se da Moscou do Estado de Nova York, que passou a se chamar Leicester.
O resto manteve a identidade – e os moradores das Moscous americanas dizem se sentir orgulhosos.
Em 1980, a Moscou do Kansas, com uma população de 228 habitantes, tentou sediar os Jogos Olímpicos que seriam na Rússia naquele ano, boicotados pelos EUA.
 
A Moscou de Kansas era para se chamar Mosco, mas houve uma confusão com o nome e um 'w' foi acrescentado
 
Ao longo da história, pode até ser que os políticos americanos tenham se sentido incomodados ao ouvir falar de “Moscou”, mas para muitos dos “moscovitas” dos Estados Unidos ela é simplesmente a sua casa.
 

Israel constrói maior torre de energia solar do mundo

Um colosso de 240 metros de altura no meio do deserto israelense de Neguev capaz de converter energia solar em eletricidade para abastecer 120 mil famílias. Assim será Ashalim, a central de energia solar concentrada (da sigla em inglês CSP, Concentrated Solar Power) com a torre mais alta do tipo no mundo.
O projeto, nascido em 2013, está em construção e a expectativa é que ele seja concluído no final de 2017. Ao invés de gerar eletricidade diretamente, como nas células solares fotovoltaicas, a tecnologia CSP utiliza heliostats, instrumentos que utilizam um espelho para refletir a luz do sol em uma determinada direção. 
 
ASHALIM (foto 8): central de geração de energia solar em Israel, em março de 2016.
 
No caso, eles concentram a luz solar sobre encanamentos na torre central, aquecendo uma mistura de sal fundido, que em contato com a água produz vapor em seu interior. Este vapor aciona, então, as turbinas e os geradores de eletricidade. Para estocar calor e operar 24h, mesmo em dias de pouca radiação solar, as usinas usam sofisticadas tecnologias de armazenamento térmico, que mantém milhares de litros de sal fundido a temperaturas elevadas. 
 
ASHALIM (foto 7): central de geração de energia solar em Israel, em março de 2016.
 
O visual dessas fazendas solares é um espetáculo à parte. Na central israelense de Ashalim, cerca de 50.000 heliostats controlados por computador, e medindo até 20 metros quadrados cada, serão instalados em uma área de mais de 3 quilômetros quadrados.
 
ASHALIM (foto 5): central de geração de energia solar em Israel, em março de 2016.
 
A usina vai fornecer eletricidade sob um contrato de compra de energia por 25 anos com a Israel Electric Corporation. A expectativa é que a geração seja de 300 MW, cerca de 2% da capacidade de produção de eletricidade de Israel. Além de abastecer milhares de pessoas, a central solar evitará emissões de 110 000 toneladas de CO2 por ano ao longo de sua vida.
 
ASHALIM (foto 6): central de geração de energia solar em Israel, em março de 2016.
 
O projeto é parte essencial do compromisso de Israel em produzir 10% de sua eletricidade a partir de energia renovável em 2020. Ele é orçado em US$ 773 milhões e 80% dos recursos são provenientes do maior fundo de infraestrutura de Israel, o Noy Fund, financiado pelo banco Hapoalim e pelo Banco de Investimento Europeu. A execução está a cargo da Megalim, uma sociedade entre a francesa Alstom e a BrightSource Energym, da Califórnia, nos EUA.
 Exame.com 

Pelo 4º ano consecutivo, Amapá é o que menos desmata na Amazônia

Madeira extraída de forma ilegal foi recolhida pela Polícia Federal no Amapá (Foto: Divulgação/PF)

Com 13 quilômetros quadrados de florestas devastadas, o Amapá fechou 2015 com a menor taxa de desmatamento entre os estados da Amazônia Legal, reduzindo em 72% as perdas em relação ao ano anterior. Os dados são do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).
Os indicadores mostram que o Amapá chega ao quarto ano consecutivo com a menor taxa da região.
Os números de 2015 são os menores que o estado apresentou desde 2004. Das nove federações que compõem a Amazônia Legal, quatro tiveram redução na taxa de desmatamento: Amapá (-72%), Roraima (-32%), Maranhão (-16%) e Acre (10%).
Entre os que mais desmataram no ano passado estão o Pará e o Mato Grosso, com 1.881 e 1.508 quilômetros quadrados, respectivamente. O total de áreas degradadas na região somou 5.831 quilômetros quadrados, uma alta de 16% em relação a 2014.
As informações sobre a perda de mata nativa baseiam-se em imagens de satélites que compõem o Projeto de Monitoramento do Desmatamento na Amazônia Legal (Prodes). O estudo avalia as áreas atingidas por corte raso, a modalidade mais nociva, pois ocorre remoção súbita e rápida da vegetação.
De acordo com a Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sema), 73% das florestas do Amapá são preservadas através de unidades de conservação e áreas indígenas, um dos fatores que contribui para o baixo número de locais desmatados.
 

Cápsula Cygnus chega à Estação Espacial Internacional


Cápsula Cygnus se aproxima de braço robótico da Estação Espacial Internacional em imagem tirada neste sábado (26)
A cápsula não tripulada Cygnus, da empresa privada americana Orbital ATK, chegou neste sábado (26) à Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla em inglês) para uma nova missão de abastecimento por conta da Nasa, confirmou a empresa.
A cápsula leva 3,6 toneladas de provisões, roupas, equipamentos, peças de reposição e material destinado a 250 experimentos científicos realizados na estação orbital.
 
 Cápsula Cygnus se aproxima de braço robótico da Estação Espacial Internacional em imagem tirada neste sábado (26)  (Foto: Reuters/Nasa)
 
A Cygnus, que foi lançada na noite de terça-feira da Flórida com o foguete Atlas V da United Launch Alliance, foi capturada no espaço pelo braço robótico da ISS neste sábado às 7h51 (horário de Brasília).
Seu acoplamento ao posto orbital ocorreu às 11h52, informou a Orbital em comunicado.
A Cygnus permanecerá acoplada à ISS durante dois meses. Antes de abandonar a estação, seus seis tripulantes a carregarão com duas toneladas de lixo e equipamentos usados.
 
Foguete Atlas V parte em direção à ISS carregando a cápsula Cygnus (Foto: Nasa / via AFP Photo)
 
Quando estiver suficientemente longe da ISS, os engenheiros da Nasa desencadearão voluntariamente um incêndio na cápsula para avaliar o tamanho e a extensão das chamas e medir o calor e as emissões de gás na ausência de gravidade.
Alguns dias depois desse experimento inédito, a Cygnus entrará na atmosfera e se desintegrará sobre o oceano Pacífico.
Trata-se da quinta missão de provisionamento da ISS realizada pela Cygnus e a segunda desde dezembro, quando foram retomados os voos da Orbital ATK após a explosão de foguete Antares em 2014 pouco depois de sua decolagem.
A Orbital prevê outras duas missões de carga à ISS em 2016. A próxima será a bordo de um Antares no início do verão no hemisfério norte.

Os dez tetos mais impressionantes do mundo



Algumas das maravilhas da arquitetura mundial exigem um pescoço bem treinado para serem admiradas.
Dez delas:

Castelo de Sammezzano, Leccio, Itália

O teto e as abóbadas hipnotizantes da “Sala Pavão” deste palácio abandonado, perto de Florença, dispensam legenda. O pavão e outras formas de vida exóticas serviram de inspiração para a decoração para o que parece ser uma infinidade de salas vazias neste edifício de sonho.
O estilo mourisco foi aplicado muitos anos depois da construção do palácio, graças ao trabalho do aristocrático arquiteto e político italiano Ferdinando Panciatichi Ximenes d’Aragona. Apesar de jamais ter visitado o Oriente, ele imaginou um mundo de formas e cores requintadas e altamente exóticas que traduziu em Leccio entre 1843 e 1889.
O palácio serviu de hotel durante boa parte do século 20, mas agora está sem uso.
 
Catedral de Ely, Grã-Bretanha
 
 
Concluída em 1334 pelo carpinteiro real William Hurley, a primorosa claraboia com vigas de madeira que se suspende sobre a torre central da Catedral de Ely é um dos maiores feitos da engenharia estrutural medieval.
A partir do chão da catedral, a claraboia parece ser o centro de uma enorme estrela de oito pontas, com uma gravura de Cristo em Majestade no meio.
Construída essencialmente de oito árvores de carvalho, a claraboia de 9 metros de altura é apoiada pelas abóbadas aparentes e por uma trama de vigas ocultas.
Os vitrais, decorados com imagens de anjos no século 19, podem ser abertos. No passado, os membros do coro da catedral costumavam cantar ali.
 
Estação de metrô Solna Centrum, Estocolmo, Suécia
 
 
A atração mais sedutora do shopping center Solna Centrum, em Estocolmo, é a estação de metrô da Linha Azul, que foi instalada ali em 1975. Os artistas Anders Åberg e Karl-Olov Björk pintaram com um vermelho vibrante o alicerce rochoso exposto do átrio subterrâneo da estação.
Andar pelas escadas rolantes daqui é como ser levado a uma mítica caverna de um feiticeiro.
Desde 1957, inúmeros artistas transformaram 94 das 100 estações da capital sueca em incríveis obras de arte, justificando a fama da rede de trens de ser “a mais extensa galeria de arte do mundo”.
Provavelmente apenas o metrô de Moscou, construído em uma época anterior, pode ser atribuído com o mesmo reconhecimento.
 
Grand Central Station, Nova York, EUA
 
 
Durante décadas, o teto de zodíaco do imponente e adorado saguão da Grand Central ficou praticamente oculto sob espessas camadas de alcatrão e nicotina – resultado de uma infinidade de cigarros fumados por gerações e gerações de passageiros que transitaram pelo local.
Baseado em mapas astronômicos medievais, o teto foi pintado pelo artista francês Paul César Helleu e pelo americano Charles Basing, com uma equipe de assistentes.
Os signos do zodíaco foram desenhados em folha de ouro contra um fundo azul-esverdeado que evoca os céus noturnos do inverno da Grécia e do sul da Itália.
A obra foi limpa e restaurada, e os usuários finalmente puderam conhecê-la e admirá-la a partir de 1998.
 
Mesquita do Xá, Isfahan, Irã
 
 
Em 1598, o xá Abbas transferiu a capital da Pérsia para Isfahan. Aqui, ele encomendou uma impressionante série de ambiciosas construções religiosas e civis.
Mas, como o único material de construção disponível imediatamente em Isfahan eram tijolos de barro cozido, os engenheiros temiam que a estética das novas obras ficaria comprometida.
Recorrendo a novas técnicas para aplicar mosaicos coloridos, eles puderam fazer a festa em suas maravilhosas decorações – executada à perfeição na Mesquita do Xá (1612-1638).
Projetados pelo mestre da caligrafia Rezza Abbasi, os azulejos azuis, amarelos, turquesa, rosas e verdes absorvem e refletem as cores desta cidade quente e bem iluminada, dando vida aos espaços sob o enorme domo azul da mesquita.
 
Clube de Golfe Nine Bridges, Yeoju-gun, Coreia do Sul
 
 
Projetado por Shigeru Ban, arquiteto japonês famoso por uma nova geração de construções em papel e papelão, este clube de campo inaugurado em 2010 exibe um elegante lobby.
Uma "casca" formada por uma rede de lâminas de madeira à prova de fogo e apoiada por colunas ultraleves do mesmo material constitui o teto e o telhado.
As colunas e as lâminas da casca foram cortadas a laser seguindo rígidos modelos gerados por computador, assim usando o mínimo de material possível.
A filigrana permite que o ar circule livremente pelo átrio e teve sua forma inspirada por tradicionais travesseiros feitos com tiras de bambu entrelaçadas.
O formato leve do teto é refletido na piscina, criando um efeito poético intencionalmente.
 
Centro Heydar Aliyev, Baku, Azerbaijão
 
 
O chão, as paredes e o teto do curvilíneo auditório deste centro cultural inaugurado em 2012 formam um conjunto em que as emendas simplesmente desaparecem.
O efeito é mágico e impressionante, como se a arquiteta, a britânica de origem iraquiana Zaha Hadid, tivesse acabado com as regras normais da construção e inventado suas próprias.
Na realidade, a complexa cobertura do auditório, feita em lâminas de carvalho, está aplicada sobre uma estrutura de aço. Isso dá a ela a rigidez necessária, enquanto faz com que o auditório dê a sensação de estar flutuando no espaço.
Há muito tempo, Zaha Hadid queria dar forma a essa arquitetura fluida. Munida das últimas tecnologias, ela conseguiu fazer isso em Baku.
 
Igreja de São Pantaleão, Veneza, Itália
 
 
Uma simples moeda de 50 centavos de euro é suficiente para poder experimentar um momento de deslumbramento. Com ela, o teto desta igreja barroca inacabada se ilumina e revela uma imagem incrível.
Uma estonteante pintura a óleo do fim do século 17 cobre 443 metros quadrados do teto, dando a impressão de continuar a arquitetura da igreja através de arcadas e de um coro de anjos alados que atravessam o céu dourado até chegarem ao Paraíso.
Essa pintura ilusionista, com suas perspectivas encurtadas, é obra de Gian Antonio Fumiani (1645-1710).
No século 19, o influente crítico britânico John Ruskin descreveu O Martírio e a Apoteose de São Pantaleão como “o mais curioso exemplo dos dramáticos efeitos vulgares da pintura”.
Ele não tem razão: revire os bolsos para encontrar outra moeda de 50 centavos de euro.
 
Sala da Oração pelas Boas Colheitas, Templo do Céu, Pequim, China
 
 
O Templo do Céu é um vasto complexo de edifícios religiosos construídos durante o reinado do imperador Yongle (nascido Zhu Di), da Dinastia Ming.
Concluída em 1420, a Sala da Oração, com seus três terraços, evoca e representa as horas, dias, meses e estações do ano em uma arquitetura de geometria precisa e com elementos de madeira que culminam em um domo.
O templo de 38 metros de altura foi erguido sem nenhum prego. As colunas e vigas de madeira estão entrelaçadas como um gigantesco jogo de montar.
As cores vibrantes representam evocações de sorte, alegria, prosperidade e glória do império.
O templo foi destruído em um incêndio em 1889, mas foi em seguida reconstruído. Em 2008, antes dos Jogos Olímpicos de Pequim, o local foi restaurado e pintado.
 
Igreja de St. Stephen Walbrook, Londres, Grã-Bretanha
 
 
Vista a partir das estreitas ruelas da City, o coração financeiro de Londres, a igreja de St. Stephen Walbrook parece ser uma estrutura bastante modesta.
Lá dentro, no entanto, esta igreja projetada por Christopher Wren mostra ser uma das maravilhas arquitetônicas da Europa do fim do século 17.
Seu magnífico domo abobadado é sustentado por oito colunas corintianas e oito arcos pontuados por janelas.
Trata-se de um modelo menor para o domo que Wren esperava construir em seu projeto original para a Catedral de St. Paul. Mas a ideia foi rejeitada pelos representantes da Igreja Anglicana.
O domo tem 19,3 metros de altura e, apesar de feito de madeira, gesso e cobre, é impressionantemente leve.
BBC Brasil