A expedição na camada mais profunda da crosta oceânica mostra que um novo ecossistema se encontra a quilômetros debaixo de nossos pés. Esta é a primeira vez que se registrou uma forma de vida nessa área (a grosso modo, o assoalho dos oceanos), e também, a primeira a analisar a camada rochosa, pois, como o basalto é difícil de perfurar, análises do tipo são raras.
Em uma viagem hipotética para o centro da Terra, uma pessoa viajaria através do fundo do mar, passaria por uma camada de sedimento, outra de basalto e outra gabroica (rochosa). É aqui que os cientistas observaram comunidades de bactérias bem dispersas: "Esperávamos encontrar alguns tipos de bactérias, mas a lista de funções biológicas que ocorrem nas profundezas da Terra é surpreendente", disseram.
A crosta oceânica corresponde a cerca de 70% da superfície da Terra, e sua geologia já foi explorada até certo ponto, mas praticamente nada se sabe a respeito de sua biologia.
O estudo já realizado para explorar a atividade biológica na camada mais profunda da crosta terrestre sob os oceanos, encontrou bactérias com uma grande gama de capacidades, incluindo a de comer hidrocarbonetos e de fixar carbono, reforçando a viabilidade de se retirar dióxido de carbono da atmosfera e de estocá-lo em camadas profundas do subsolo.
A pesquisa publicada, mostra que um grande número de tipos de bactérias estava presente, até mesmo em temperaturas próximas à de ebulição da água.
Os pesquisadores também sugerem que ambientes subterrâneos de Marte, onde existe metano, poderiam sustentar micróbios como os descobertos neste estudo.
Fonte: Folha.com
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