Eles surgiram como uma espécie de exército religioso: uma ordem formada por monges cavaleiros para proteger Jerusalém após a conquista da cidade, no século XII, pelas Cruzadas - expedições organizadas pelas potências cristãs europeias para tirar a região do domínio muçulmano. O grupo ocupava uma ala do palácio real da cidade, que, diziam, havia feito parte do Templo de Salomão.
Daí veio o nome de Templários para a ordem, também formalmente conhecida como Cavaleiros Pobres de Cristo e do Templo de Salomão. Sua principal identificação era a túnica branca com uma cruz. Não demorou para que se tornassem fundamentais para a defesa dos Estados cristãos implantados à força no Oriente Médio - por isso, chegaram a reunir cerca de 20 mil cavaleiros.
Também acumularam uma fortuna incalculável, recebendo doações de terras, castelos e outros bens. Graças à sua força militar, assumiram ainda o papel de banqueiros da época, coletando e transportando riquezas entre a Europa e a Terra Santa. Com o tempo, porém, nobres e soberanos - devia dinheiro à ordem, resolveu enfrentá-la, ordenando o confisco de seus bens e a prisão dos cavaleiros que viviam em seu reino.
A perseguição se espalhou para outras regiões e os templários passaram a ser acusados de blasfêmia e heresia, corrupção, aliança com o Islã e homossexualismo. Segundo historiadores, todas as acusações eram provavelmente falsas. Mesmo assim, por pressão do rei francês, o papa Clemente V determinou que a ordem fosse dissolvida em 1312.
Apesar da extinção, os mitos criados em torno dos Templários permaneceram vivos. Uma das lendas diz que o dinheiro deles teria financiado a descoberta da América e do Brasil. Mais tarde, foi sugerido o envolvimento da ordem em conspirações nos bastidores da Revolução Francesa.
Fonte: Superinteressante
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