O mergulho recente do Telescópio Espacial Spitzer no rastro de poeira que o planeta Terra deixa no espaço gerou dados que poderão ajudar cientistas a encontrar planetas em órbitas de outras estrelas, diz uma nota da Nasa.
"Planetas em sistemas solares distantes provavelmente tem rastros semelhantes. E, em algumas circunstâncias, essa poeira pode ser mais fácil de detectar que o planeta em si. Então precisamos aprender a reconhecê-la", disse o pesquisador ligado ao telescópio, Mike Werner.
A Terra tem um rastro de poeira não porque está soltando partículas no espaço, mas porque o Sistema Solar é, em si, um lugar empoeirado.
O espaço interplanetário está repleto de fragmentos de colisões de asteróides. Quando a Terra passa por um ambiente carregado de poeira, uma cauda se forma atrás do planeta. "A medida que a Terra orbita o Sol, ela cria uma espécie de concha, ou depressão, na qual as partículas de poeira caem, criando uma aglomeração de poeira - a cauda - que a Terra puxa atrás de si, por gravidade", explica.
O rastro segue o planeta em volta do Sol, criando um anel.
A observação feita pelo Spitzer ajudou os astrônomos a mapear a estrutura da cauda de poeira da Terra, e calcular como devem ser as caudas de outros planetas.
Na foto acima, o anel de poeira da Terra, como pareceria visto de fora do Sistema Solar -, cores indicam densidade.
Fonte: Estadão.com
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