quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

Cientistas discutem possibilidade de vida em Marte

Marte, provavelmente, era um lugar mais aconchegante em seu passado de temperaturas mais amenas e com mais umidade. Mesmo assim, cientistas afirmam que ainda hoje há a possibilidade de existir vida microbiana no planeta vermelho. Em uma conferência realizada pela Universidade da Califórnia - Los Angeles, pesquisadores usaram dados obtidos em ambientes como o Deserto do Atacama e a Antártica para provar que a vida pode existir em condições extremas.
Uma das hipóteses é que não é toda a superfície do planeta que é árida - existe a suspeita de que fluxos de água sazonais corram pela superfície de Marte. De acordo com dados coletados pelo HiRise (centro de experiências da Universidade do Arizona, que analisa Marte), há várias formações rochosas estranhas no planeta, que poderiam indicar que um fluxo líquido passa por pelo menos 16 regiões, durante verões e primaveras marcianos. O líquido pode sair de regiões mais profundas do solo do planeta, mas também há a chance de ser resultado de um processo conhecido como deliquescência, no qual a umidade da atmosfera acaba reunida na superfície do planeta.
Mesmo assim, vale lembrar que esse líquido pode não ser água e sim outros líquidos que não seriam capazes de sustentar vida.
No evento, cientistas também levantaram a hipótese de micróbios que não precisam de água para sobreviver - eles ressaltaram a resistência dos micróbios do Atacama como exemplo, que conseguem reunir água em um ambiente árido graças ao sal da região. A Antártica é outro exemplo - por lá, existem vales secos e rochosos, que recebem uma enorme quantidade de raios UV (graças ao buraco na camada de Ozônio). Mesmo assim, foram encontrados micróbios no local. Eles se protegem da radiação desenvolvendo colônias em rochas.
Uma substância encontrada pela sonda Phoenix da Nasa, em 2008, também pode ser um sinal de vida - o perclorato, que seria capaz de sustentar microorganismos quando a fotossíntese não é uma opção. Afinal, alguns micróbios na Terra já usam a substância em sua alimentação.
Só que todas essas são possibilidades levantadas por cientistas - nenhuma dessas hipóteses foi provada!!!
Galileu.com

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