O equipamento do veículo robótico perfurou brevemente, sem realizar rotações, em
uma camada rochosa chata no solo da cratera Gale - o local onde o Curiosity
pousou em 6 de agosto do ano passado.
Imagens mostradas antes e depois da operação revelam as marcas deixadas pela
ferramenta de perfuração.
Apesar de veículos espaciais anteriores terem raspado a superfície de rochas
em Marte, o Curiosity é o primeiro capaz de perfurar estruturas rochosas.
Engenheiros da agência espacial americana, Nasa, estão adotando uma postura
cautelosa em relação ao procedimento.
Eles precisam aferir se o que ocorre com a rocha e com o perfurador está
seguindo o esperado.
Se a placa rochosa for considerada adequada, uma série de perfurações serão
feitas, utilizando a rotação, bem como a ação de percussão do perfurador, antes
de uma amostra em pó ser retirada e depositada nos laboratórios que o Curiosity
carrega.
Vida bacteriana
A missão do Curiosity é determinar se a cratera Gale já teve no passado ambientes capazes de abrigar vida bacteriana.
Detalhar a composição das rochas é algo crítico para a investigação sobre a
possibilidade de as crateras manterem um registro geoquímico das condições em
que elas se formaram.
Perfurar alguns centímetros dentro de uma rocha pode fornecer uma amostra que
não possui as alterações que podem ocorrer na superfície devido a condições
meteorológicas ou a radiações.
Desde que pousou em Marte, o jipe-robô se deslocou do poonto em que
aterrisou, ao leste, rumo ao local identificado em imagens satelitais como sendo
a interseção entre três diferentes terrenos geológicos.
O veículo se encontra atualmente em uma pequena depressão chamada Baía
Yellowknife. A rocha escolhida para a primeira perfuração é uma fina rocha
sedimentária, cortada por sulcos do que aparenta ser sulfato de cálcio.
A rocha também possui um nome - John Klein, uma homenagem a um engenheiro da
Nasa recém-falecido que trabalhou no projeto do jibe-robô.
Cientistas estão empolgados com os progressos da missão feitos até agora.
Muitas das rochas, assim como as encontradas na Baía Yellowknife, mostram
evidências claras de depósitos ou de alterações feitos pela água.
Pouco antes de se dirigir para a baía, o Curiosity identificou aglomerações
contendo contendo seixos, indicando a presença no passado de água corrente,
muito provavelmente uma rede de córregos.
BBC
Nenhum comentário:
Postar um comentário