Negociações climáticas internacionais ficaram estagnadas em anos recentes, há pouca esperança de manter o aquecimento global abaixo de 2 graus Celsius até o fim do século. Mas o compromisso das Nações Unidas com o acesso universal à energia sustentável poderia avançar muito essa meta.
Em 2011, o Secretário Geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, lançou a iniciativa “Energia Sustentável Para Todos” (SE4ALL). Os três objetivos do programa eram garantir acesso universal à energia moderna, dobrar a distribuição global de energia sustentável e dobrar a taxa de melhorias em eficiência energética até 2030.
Se todos os três objetivos fossem alcançados e sustentados, a probabilidade de manter o aumento de temperatura global abaixo de 2 graus seria maior que 66%, de acordo com estudo publicado em 25 de fevereiro no periódico Nature Climate Change.
Esses três objetivos, se cumpridos, poderiam deflagrar uma rigorosa proteção climática, de acordo com Joeri Rogelk, pesquisador da ETH de Zurique e principal autor do estudo.
Ainda que as iniciativas SE4ALL não abordem a mudança climática diretamente, o acesso à energia sustentável é uma parte fundamental da redução de emissões de gases estufa, além da erradicação da pobreza. O sistema global de energia, incluindo transportes, construções, indústrias, e a produção de eletricidade, calor e combustível, é responsável por 80% das emissões de dióxido de carbono da humanidade.
Se pelo menos o objetivo de dobrar a distribuição de energia renovável fosse atingido, a probabilidade de manter o aumento de temperatura abaixo de 2 graus ficaria entre 40 e 90% – o que não é suficiente para garantir estabilidade climática.
Em 2011, o Secretário Geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, lançou a iniciativa “Energia Sustentável Para Todos” (SE4ALL). Os três objetivos do programa eram garantir acesso universal à energia moderna, dobrar a distribuição global de energia sustentável e dobrar a taxa de melhorias em eficiência energética até 2030.
Se todos os três objetivos fossem alcançados e sustentados, a probabilidade de manter o aumento de temperatura global abaixo de 2 graus seria maior que 66%, de acordo com estudo publicado em 25 de fevereiro no periódico Nature Climate Change.
Esses três objetivos, se cumpridos, poderiam deflagrar uma rigorosa proteção climática, de acordo com Joeri Rogelk, pesquisador da ETH de Zurique e principal autor do estudo.
Ainda que as iniciativas SE4ALL não abordem a mudança climática diretamente, o acesso à energia sustentável é uma parte fundamental da redução de emissões de gases estufa, além da erradicação da pobreza. O sistema global de energia, incluindo transportes, construções, indústrias, e a produção de eletricidade, calor e combustível, é responsável por 80% das emissões de dióxido de carbono da humanidade.
Se pelo menos o objetivo de dobrar a distribuição de energia renovável fosse atingido, a probabilidade de manter o aumento de temperatura abaixo de 2 graus ficaria entre 40 e 90% – o que não é suficiente para garantir estabilidade climática.
O terceiro objetivo, de atingir acesso universal à energia moderna, parece contradizer a redução de gases estufa por implicar a ativação de mais fontes de energia em geral. Mas pesquisadores descobriram que o acesso universal à energia teria, na verdade, um efeito insignificante sobre o clima, já que fontes de energia modernas, incluindo combustíveis fósseis, são muito mais eficientes que fontes tradicionais de energia.
Mais acesso à energia poderia trazer resultados mais limpos
“Quando falamos de acesso universal à energia em nossos artigos, estamos falando de aproximadamente três bilhões de pessoas no mundo em desenvolvimento (principalmente no Sul da Ásia, na África Subsaariana, e no Sudeste Asiático), que não têm qualquer acesso à eletricidade e/ou que ainda queimam lenha, carvão ou esterco diariamente para cozinhar seus alimentos e aquecer suas casas”, escreveu David McCollum, pesquisador do Instituto Internacional para Análise Aplicada de Sistemas, por e-mail.
“Esses últimos processos são tão incrivelmente ineficientes que se pessoas puderem receber acesso a dispositivos modernos de cozinha e aquecimento (mesmo os movidos a combustíveis fósseis, como querosene ou fornos a gás liquefeito de petróleo), que são muito mais eficientes, o efeito total sobre emissões de gases estufa será, no fim das contas, bastante marginal”, declarou ele.
Alcançar o acesso de todos à energia moderna pode na verdade complementar o objetivo de dobrar a eficiência energética ao atualizar o sistema energético geral.
Mas apenas os objetivos do SE4ALL não garantirão que metas climáticas de longo prazo sejam atingidas sem a utilização de outras medidas para deter as emissões de gases estufa, escreveram os autores. Essas medidas poderiam incluir acordos vinculantes globais, nacionais ou regionais, para limitar o dióxido de carbono através de uma taxa ou de um programa “cap and trade”. [mecanismo para definir limite de emissão e negociação/comercialização de créditos de emissão]
“Quando falamos de acesso universal à energia em nossos artigos, estamos falando de aproximadamente três bilhões de pessoas no mundo em desenvolvimento (principalmente no Sul da Ásia, na África Subsaariana, e no Sudeste Asiático), que não têm qualquer acesso à eletricidade e/ou que ainda queimam lenha, carvão ou esterco diariamente para cozinhar seus alimentos e aquecer suas casas”, escreveu David McCollum, pesquisador do Instituto Internacional para Análise Aplicada de Sistemas, por e-mail.
“Esses últimos processos são tão incrivelmente ineficientes que se pessoas puderem receber acesso a dispositivos modernos de cozinha e aquecimento (mesmo os movidos a combustíveis fósseis, como querosene ou fornos a gás liquefeito de petróleo), que são muito mais eficientes, o efeito total sobre emissões de gases estufa será, no fim das contas, bastante marginal”, declarou ele.
Alcançar o acesso de todos à energia moderna pode na verdade complementar o objetivo de dobrar a eficiência energética ao atualizar o sistema energético geral.
Mas apenas os objetivos do SE4ALL não garantirão que metas climáticas de longo prazo sejam atingidas sem a utilização de outras medidas para deter as emissões de gases estufa, escreveram os autores. Essas medidas poderiam incluir acordos vinculantes globais, nacionais ou regionais, para limitar o dióxido de carbono através de uma taxa ou de um programa “cap and trade”. [mecanismo para definir limite de emissão e negociação/comercialização de créditos de emissão]
Scientific American
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