segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

Cientistas propõem destruir asteroide com sistema que usa energia solar

 
Cientistas da Universidade da Califórnia em Santa Bárbara, nos EUA, propuseram a criação de um sistema que utilize energia solar para criar feixes de raios laser, com o objetivo de destruir ou desviar asteroides que ameacem a Terra no futuro.
Caso seja criado, o equipamento pode ser capaz de vaporizar em uma hora um asteroide do tamanho do que passou próximo da Terra na última sexta-feira (15), o 2012 DA14, afirmam os pesquisadores. Com cerca de 130 mil toneladas e 50 metros de diâmetro, o asteroide passou a 27 mil km do planeta, menor distância em mais de 50 anos de monitoramento da agência espacial americana (Nasa).
"O mesmo sistema poderia destruir um asteroide dez vezes maior do que o 2012 DA14 agindo durante um ano, com a vaporização começando em uma distância equivalente à da Terra com relação ao Sol, enquanto o asteroide ainda estiver em órbita", disse a universidade, em nota.
Chamado de DE-Star (Sistema de Direcionamento de Energia Solar para Asteróides em Exploração, na tradução do inglês), o projeto parte de "um princípio realista para evitar potenciais ameaças espaciais" à Terra, ressalta o cientista Philip Lubin, professor da universidade.
"Nós precisamos ser proativos ao invés de reativos quando lidamos com estas ameaças. Fugir e se esconder não é uma opção. Nós podemos fazer alguma coisa quanto a riscos desse tipo, então estamos dando passos nesta direção", disse Lubin ao site da Universidade da Califórnia.
O projeto é de um "sistema de defesa orbital de direcionamento de energia", com capacidade para transformar a energia do sol em feixes massivos de raios laser para destruir ou evaporar asteroides, agindo durante dias, meses ou anos, dependendo do tamanho do equipamento que for criado.
O DE-Star também pode vir a ser utilizado para mudar a rota de um asteroide, enviando-o para longe da Terra, dizem os cientistas. "Todos os componentes previstos em nosso projeto existem atualmente. Talvez não na escala que precisamos, mas os básicos estão disponíveis para serem usados. Só precisamos de algo em grande escala para ser efetivo", afirmou Lubin.
O sistema também pode servir para estudar a composição de asteroides e cometas, além de outras funções espaciais, como direcionar a energia solar para ajudar na propulsão de sondas, naves espaciais e satélites.
 G1

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