Pesquisadores da Nova Zelândia analisaram a dificuldade que era guerrear usando armaduras no século 15 e constataram que a vida de um soldado medieval era ainda pior do que contam os livros de história. Exames de esforço em uma esteira feitos por voluntários mostraram que o uso da armadura medieval um traje feito de aço que pesava entre 30 e 50 kg, exigiu mais que o dobro de energia para a locomoção que roupas normais.
Além do peso, outro problema está na dificuldade para respirar. De acordo com Alberto Minetti, da Universidade de Milão e um dos autores do estudo, a respiração era afetada por duas coisas:
A primeira é que a ventilação era mais alta que o normal por causa da adição de carga. Eles precisavam de mais energia.
Outro problema estava na restrição da expansão do tórax para respirar. Espremido pelas placas de metal, os soldados eram obrigados a aumentar a frequência respiratória.
"Nós descobrimos que carregar este tipo de peso espalhado pelo corpo requer mais energia que carregar o mesmo peso concentrado em uma mochila", diz Graham Askem, da Universidade de Leeds e um dos autores do estudo publicado nesta quarta-feira, no periódico científico Proceedings of the Royal Society B. Ele explica que ao vestir a armadura, pernas e braços eram sobrecarregados com o peso, exigindo mais esforço para movimentá-los.
A limitação provocada pelas armaduras explica a juventude dos exércitos medievais, devido à necessidade de um alto desempenho físico. Os músculos eram muito importantes, mas a capacidade aeróbica deles tinha que ser muito alta, concluíram.
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