Nesta segunda-feira, 11 de julho, a comunidade de astrônomos vai celebrar um evento marcante: o primeiro ano "netuniano" desde sua descoberta. O gigantesco e gelado planeta gasoso foi descoberto há 164,79 anos no dia 23 de setembro de 1846. E como Netuno demora 164,79 anos terrestres para dar uma volta ao Sol, só agora, quase dois séculos depois, o distante globo azulado completa a primeira órbita desde o seu descobrimento pelos seres humanos.
A descoberta de Netuno foi um divisor de águas na astronomia. O planeta não foi descoberto utilizando telescópios ou qualquer tipo de observação direta. A existência do oitavo planeta do Sistema Solar foi provocada por precisos cálculos matemáticos. Havia algo de estranho na órbita de Urano - naquela época considerado o planeta mais distante do Sol. Essa perturbação só poderia ser explicada pela existência de outro mundo, ainda mais distante, cuja gravidade estaria alterando o caminho de Urano previsto pelos astrônomos.
Embora tenha sido descoberto em 1846, cientistas só puderam ver o planeta de perto 140 anos depois, quando a sonda americana Voyager 2 (que está há 33 anos no espaço) passou ao lado do planeta. As imagens mostravam uma plácida esfera azul. Anos mais tarde análises revelaram grandes tempestades no planeta, vistas como manchas escuras na superfície de Netuno.
Uma das grandes surpresas teria vindo de Tritão, a maior das 13 luas de Netuno, segundo foi revelado por cientistas da University College London, ao jornal inglês Guardian: "O astro possui uma fina atmosfera e grandes quantidades de material escuro espalhado pela superfície. Gêiseres de poeira e nitrogênio entram em erupção à medida que a Lua é aquecida pelo Sol. Mesmo no gelado limiar do Sistema Solar, onde as temperaturas chegam a mais de 200 graus Célsius negativos, a luz do Sol influencia sistemas climáticos".
Fonte: Veja.com
Fonte: Veja.com
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