sábado, 16 de julho de 2011

Vulcões à beira da erupção

Com base em fenômenos recentes, cientistas antecipam de onde virá o próximo foco de lava e destruição.
Na fila de candidatos a abrigar a próxima erupção vulcânica devastadora, a região sudeste da Austrália ocupa um dos lugares. Depois do islandês Grimsvotn e do chileno Puyehue, em maio e junho, o vulcanólogo Bernie Joyce, da Universidade de Melbourne, constatou que as erupções da região australiana estão "atrasadas" e - pior - que o país está completamente despreparado para um evento do tipo.
Ele documentou o histórico da região nos últimos 5 milhões de anos. Segundo o documento, a cada 12,5 mil anos houve uma erupção, mas, recentemente, a área está ainda mais ativa. Nos últimos 20 mil anos, esses eventos ocorreram cerca de 10 vezes. O último foi em Mount Gambier, 5,5 mil anos atrás.
Ele chegou a estas datas através do estudo das rochas encontradas na região que permite saber a idade do material e se ele é lava solidificada ou não.
Segundo estudos da Universidade Estadual Paulista (Unesp) "a área onde se situa Poços de Caldas (MG) e todo o planalto ocidental da Bacia do Paraná, incluindo o interior paulista, sofreram intensas erupções entre 190 milhões a 65 milhões de anos atrás".
A Islândia, área de maior atividade vulcânica, é uma eterna candidata a protagonizar um novo evento do tipo. O Eyjafjalljökull ficou famoso por causar, em 2010, o maior fechamento do espaço aéreo europeu em tempos de paz. Um dos 130 vulcões do país a causar preocupação agora é o Bardarbunga. "Uma enchente causada pelo derretimento de geleiras aquecidas por uma erupção dele poderia afetar muito a população", diz Jón Frímann, especialista islandês que mantém um blog a respeito de vulcões.
O monitoramento das atividades sísmicas e planos de contenção podem amenizar os efeitos de um evento como esse. A datação da atividade passada, como está sendo feito no sudeste australiano, pode permitir análises estatísticas sobre futuras erupções, mas a magnitude da natureza é tão grande que, às vezes, é impossível prevê-la, segundo os cientistas.

Fonte: Isto É.com

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