sábado, 2 de abril de 2016

Cientistas criam algoritmo para solucionar mistérios de Agatha Christie

Desde 1920, quando lançou o romance O Misterioso Caso de Styles, até sua morte, em 1976, a britânica Agatha Mary Clarissa Christie escreveu 241 histórias. Mestra em narrar a solução de crimes, sua volumosa produção também foi alvo de investigações literárias. Afinal, como Agatha conseguia escrever uma nova história a cada três meses? Para responder a essa pergunta, os pesquisadores Jamie Bernthal e Dominique Jeannerod releram 27 dos 66 livros policiais da autora à procura de pistas que ajudassem o leitor a identificar o assassino, desenvolvendo um algoritmo capaz de entender seu estilo de criação (veja quadro abaixo). “Infelizmente, o algoritmo não funciona para tudo que ela escreveu. Dois de seus livros mais famosos, Assassinato no Expresso do Oriente e Cai o Pano, não se encaixam no padrão”, diz Bernthal.
“Mas Agatha não seria a ‘rainha do crime’ se não tivesse quebrado algumas regras.” Estima-se que tenham sido vendidos 4 bilhões de exemplares dos seus livros, com traduções para mais de cem idiomas — ela é a autora mais lida de todos os tempos, atrás somente da Bíblia e de William Shakespeare. A vida de Agatha também teve seus mistérios: em dezembro de 1926, ela desapareceu durante 11 dias e até Arthur Conan Doyle, pai de Sherlock Holmes, ajudou nas buscas. Depois de 40 anos de sua morte (completados em 12 de janeiro), biógrafos afirmam que o sumiço aconteceu por conta de uma depressão após a perda da mãe e a descoberta de uma traição do marido.
 
 (Foto: Revista Galileu)
Galileu.com

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