terça-feira, 5 de abril de 2016

EUA alertam sobre perigos da mudança climática para a saúde pública


 
O governo dos Estados Unidos publicou nesta segunda-feira os resultados de um extenso estudo realizado durante três anos por várias agências federais e que concluiu que a mudança climática terá efeitos nocivos para a saúde pública dos cidadãos americanos nos próximos anos.
O estudo determinou que vão ocorrer nos EUA 11 mil mortes a mais no verão de 2 alertam030 do que em relação às atuais devido ao "calor extremo" e que, em 2100, o número de mortes adicionais pelas altas temperaturas chegará a 27 mil, caso não se realize um esforço "acelerado" para deter a mudança climática.
A Casa Branca também mencionou como exemplos dos perigos que a mudança do clima representa para os seres humanos o aumento das doenças transmitidas por insetos e a redução do valor nutricional dos alimentos.
"A necessidade de agir contra a mudança climática é muito explícita quando se olha para a saúde pública. Não se trata só das geleiras e dos ursos polares. É sobre a saúde de nossos filhos", disse a administradora da Agência de Proteção do Meio Ambiente (EPA, sigla em inglês) dos EUA, Gina McCarthy, durante a apresentação do relatório.
O documento aponta para a necessidade de se ir "além" dos acordos alcançados em Paris, em dezembro do ano passado, por quase 200 países em relação à luta contra a mudança climática, ao considerar que estes são insuficientes para evitar grande parte das consequências.
Segundo os pesquisadores, os efeitos da mudança climática sobre a saúde das pessoas vão além do que é imediatamente perceptível, já que, por exemplo, as inundações derivadas de tempestades cada vez mais fortes não causarão apenas prejuízos por si mesmas, mas também contribuirão para a expansão de doenças relacionadas com a água.
As altas temperaturas reduzirão o valor nutricional das colheitas e o aumento ainda maior da poluição atmosférica afetará a saúde das pessoas com asma.
Os efeitos da mudança climática serão sentidos em todas as camadas da população, no entanto, os grupos mais vulneráveis serão os idosos e as pessoas com poucos recursos econômicos.
 

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