segunda-feira, 22 de junho de 2015

Em meio à Copa América, Santiago decreta emergência ambiental

Vista aérea mostra a atmosfera poluída em Santiago, no Chile

As autoridades da capital chilena decidiram neste domingo decretar para esta segunda-feira emergência ambiental devido à péssima qualidade do ar, apesar desta medida não afetar o desenvolvimento das atividades previstas da Copa América, disputada em Santiago e outras cidades do país. "Temos um dia muito excepcional, vai ser testada a consciência cívica e a solidariedade dos santiaguinos", declarou o governador da Região Metropolitana de Santiago, Claudio Orrego, que admitiu que se trata de uma medida extrema.
Após três dias seguidos com uma péssima qualidade do ar, os serviços de monitoramento informaram que não caíram os níveis de poluição na cidade e que as a atmosfera chegou a níveis críticos, com alta concentração de poluentes e partículas. Em virtude do decreto de emergência ambiental, o governo estabeleceu uma proibição para trafegar que afeta 40% dos veículos com catalisador e 80% dos que não têm deste dispositivo. A restrição entrou em vigor às 7h30 e termina às 21h00, podendo ser prorrogada para amanhã, dependendo de novas avaliações.
Além disso, o governo pediu a paralisação das atividades em 3.000 indústrias poluentes. Desta proibição estão isentas as atividades programadas em Santiago por ocasião da Copa América, apesar de nesta segunda-feira não haver nenhum jogo programado. "A Copa América responde a compromissos internacionais do Chile, por isso que não se suspende, mas esperamos que daqui até quarta-feira não se mantenham estes níveis", assinalou o governador, em alusão ao fato de que a próxima partida está prevista para o meio da semana.
Orrego explicou que a situação se deve à falta de chuvas no mês - o junho mais seco desde 1968 - e à falta de ventos na região. Santiago, cidade de 6,3 milhões de habitantes situada em um vale rodeado de montanhas, é uma das capitais mais poluídas da América Latina, principalmente no outono e no inverno, devido à ausência de brisas que dispersem as partículas poluentes e ao fenômeno da inversão térmica.
Veja.com

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