A maioria das pessoas já deve ter passado pela desagradável situação de deixar o celular cair no chão e ter sua tela rachada. Mas o sofrimento está acabando. Cientistas estão desenvolvendo uma tecnologia avançada que pode se regenerar facilmente e ser aplicada a diversos produtos da indústria, inclusive smartphones.
Como funciona o reparo?
Ele é o resultado de um processo químico catalisado com base em um “agente de cura” que se assemelha muito com a “casquinha” formada por seu corpo após um corte ou ferimento. Os produtos químicos do agente de cura estão contidos em milhões de microesferas - quando a tela racha, um líquido é liberado e endurece rapidamente, tornando as rachaduras imperceptíveis.
A indústria de telefonia móvel espera aplicar o agente de cura dentro dos próximos cinco anos. O processo foi originalmente desenvolvido para a aviação, no caso de rachaduras nas asas dos aviões em pleno vôo.
Todd Thibodeaux, presidente da associação da indústria de TI CompTIA, acredita que, no momento atual, revestimentos que se regeneram teriam um “mercado muito maior” do que dispositivos móveis. No entanto, o preço da tecnologia pode impossibilitar negócios maiores.
Na aviação, que é o foco do projeto, a oportunidade é enorme: asas que eventualmente sofressem rachaduras começariam a se repararem em pleno vôo, aumentando a segurança e reduzindo o tempo de manutenção.
"Basicamente, qualquer indústria que utiliza compósitos de fibra de carbono poderia se beneficiar", observa Duncan Wass, professor de catálise da Universidade de Bristol da Inglaterra e líder do projeto de desenvolvimento da tecnologia. "No final, o produto ainda pode ser aplicado a equipamentos esportivos, ou bicicletas, e assim por diante."
Galileu.com
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