quinta-feira, 18 de junho de 2015

Maiores bacias hidrográficas do mundo estão secando

 
 
De acordo com dois novos estudos conduzidos pela Universidade da Califórnia (UCI), usando dados da NASA, cerca de 33% das maiores bacias hidrográficas da Terra estão ficando secas através do consumo humano. Pra completar, ainda temos poucos dados precisos sobre a quantidade de água presente nessas bacias - ou seja, não sabemos quanta água nos resta.
Isto significa que a população está consumindo água subterrânea muito rápido, sem saber ao certo quanto ainda podemos consumir.
 

 
"As medições físicas e químicas disponíveis são insuficientes", diz o professor da UCI e líder da pesquisa Jay Famiglietti. "Dada a rapidez com que estamos consumindo as reservas de água subterrânea do mundo, precisamos de um esforço global coordenado para determinar quanto ainda podemos usar."

 
Os estudos foram realizados através dos satélites GRACE, da NASA. O GRACE mede ondulações e relevos na superfície da Terra afetados pela massa de água. No primeiro artigo, os pesquisadores descobriram que 13 dos 37 maiores aquíferos do planeta, foram se esgotando enquanto recebiam pouca ou nenhuma recarga,
Oito foram classificados como “em perigo”, com quase nenhuma reposição natural para compensar o uso. Os outros cinco foram considerados em estado de atenção - esses aquíferos estão se esgotando, mas ainda tem algum tipo de recarga natural.
Os mais preocupantes A equipe de investigação constatou que o Sistema Aqüífero árabe, uma fonte de água importante para mais de 60 milhões de pessoas, é o que mais corre perigo. O aquífero da bacia Indus, da Índia e Paquistão, é o segundo da lista e a Bacia do Murzuk-Djado, no norte da África, fecha o pódio.
E no Brasil?
Das três bacias que abastecem o Brasil apenas uma, a Bacia Guarani, está em um estado “preocupante”. As outras duas - Bacia do Maranhão e Bacia Amazônica - estão em bom estado.
"Nós realmente não sabemos quanto é armazenado em cada um destes aquíferos. Estimamos que o armazenamento restante pode variar de décadas a milênios", disse a co-autora do estudo Alexandra Richey. "Em uma sociedade com escassez de água, não podemos mais tolerar este nível de incerteza, especialmente sabendo que as águas subterrâneas estão desaparecendo tão rapidamente."
Galileu.com

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