quinta-feira, 11 de junho de 2015

Nasa pretende fazer diversas missões à lua Europa para tentar encontrar vida

 
Uma das missões mais aguardadas da Nasa, a viagem a Europa, uma das quatro luas do planeta Júpiter, programada para acontecer na próxima década, será apenas o começo de um projeto ambicioso que pretende estudar os oceanos deste corpo celeste.
Ainda na primeira metade da década de 2020, a Nasa planeja lançar uma missão que realizará dezenas de voos sobre a superfície da lua Europa, que muitos cientistas consideram a melhor possibilidade do sistema solar para hospedar vida fora da Terra.
Os funcionários da agência espacial esperam que estas primeiras investidas abram caminho para futuras missões a Europa, incluindo uma que pousará na superfície da lua gelada para procurar sinais de vida.
“Antes temos que ver se a primeira missão vai funcionar, então depois iremos para a Europa de novo”, disse Charles Bolden, administrador da Nasa, em um encontro com a imprensa no final do mês passado, na unidade de Los Angeles da companhia espacial Aerojet Rocketdyne.

Com 3.100 quilômetros de diâmetro, Europa é apenas ligeiramente menor do que a lua da Terra. Mas o satélite de Júpiter é muito diferente do nosso: ele está coberto por uma camada de gelo, e, abaixo, há um enorme oceano de água líquida.
Os cientistas acreditam que este oceano está em contato com um manto rochoso, possibilitando uma variedade de reações químicas complexas. Por isso, o mar “europeu” pode ser capaz de abrigar vida como a conhecemos, o que explica por que astrônomos e biólogos estão tão empolgados para enviar uma sonda para lá. No dia 26 de maio, a Nasa anunciou os nove instrumentos científicos que estarão a bordo da nave espacial, que deve decolar daqui a uns dez anos.
Entre os equipamentos estarão câmeras e espetrômetros capazes de produzir imagens em alta resolução da lua e determinar sua composição. Também está previsto um radar que penetre sua crosta de gelo e ajude a determinar a grossura da capa congelada que reveste Europa, assim como procure por lagos subglaciais similares aos encontrados na Antártica. A missão também contará com um magnetômetro para medir a força e orientação do campo magnético da lua, o que permitirá aos cientistas determinar a profundidade e salinidade de seu oceano. Por fim, um instrumento termal vasculhará a superfície de Europa à procura de recentes erupções de água mais quente nas fissuras de seu gelo, enquanto outros instrumentos buscarão sinais desta água e outras partículas na sua fina atmosfera.
O Globo.com


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