Um terço das maiores bacias de águas subterrâneas do mundo estão sendo esgotadas pelo consumo humano. Esta foi a conclusão de dois estudos da Universidade da California, divulgados esta semana no site da Agência Espacial Americana (Nasa).
De acordo com os pesquisadores, a população mundial utiliza as águas subterrâneas de forma indiscriminada, apesar de não haver informações precisas sobre a dinâmica de reposição dessas reservas.
Este é o primeiro estudo que analisou as perdas dos aquíferos, a partir de dados coletados no espaço, pela Nasa.
As leituras dos satélites Grace, especializados em analisar a gravidade do planeta, permitiram a interpretação da quantidade de água e mostraram que 13 dos 37 maiores aquíferos estudados entre 2003 e 2013 estão sendo esvaziados em velocidade superior a da reposição de água nos sistemas.
Dos 13 aquíferos ameaçados, oito foram classificados como “superestressados”, por terem muito pouca ou nenhuma reposição natural, e cinco foram classificados como “extremamente” ou “altamente” estressados, o que varia de acordo com o tempo da reposição.
Os aquíferos mais sobrecarregados estão nas regiões mais secas do planeta, onde as populações usam intensamente águas subterrâneas.
A equipe de pesquisa descobriu que o Sistema Aquífero Árabe, que atende 60 milhões de pessoas, é o mais superestressado do mundo. O segundo é a Bacia Aquífera Indu, no Noroeste da Índia e no Paquistão, e o terceiro é a Bacia Murzuk-Djado, no Norte da África.
Exame.com
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